Os primeiros resultados do Censo 2022 acabam de ser divulgados nesta quarta-feira, 28, e já é possível conferir oficialmente quantas pessoas estão morando em Bento Gonçalves atualmente. Do número oferecido na prévia informada em dezembro de 2022, o total diminuiu em cerca de 7 mil habitantes.
Conforme os dados divulgados nesta quarta-feira, 28, Bento Gonçalves está com 123.151 mil habitantes, um aumento de 18.492 mil pessoas comparado ao Censo de 2010. Além disso, houve uma diferença nos dados oferecidos na prévia da pesquisa apresentada em dezembro de 2022.
Naquele mês, foi colocado que a Capital da Uva e do Vinho teria 129.430 mil, mas de acordo com as explicações da coordenadora de divulgação do Censo 2022 no Rio Grande do Sul, Sônia Regina Zanotto, houve uma reavaliação dos dados. "A diferença da prévia já diz pelo nome: prévia. O IBGE precisou entregar esse cálculo para o TCU (Tribunal de Contas da União) até final de 2022, porém os dados foram coletados até 25 de dezembro de 2022 e havia vários domicílios de todo o território brasileiro que ficaram sem a visita do recenseador, mas que foram mapeados, então uma comissão técnica do IBGE decidiu fazer uma imputação destes números oferecidos e continuar a pesquisa até o final de abril de 2023," explica Sônia.
Desta forma, os dados de Bento Gonçalves sofreram uma alteração. "Até o final de abril, o IBGE trabalhou em cima desses domicílios que foram mapeados, mas que o recenseador ainda não havia visitado e quando se fez essa apuração, se constatou alguns domicílios vagos - que antes estavam ocupados - e outros de uso ocasional (sem moradores). Também se trabalhou com as recusas, então esse ajuste provavelmente acabou ocasionando essa queda de número da população de Bento Gonçalves, mas a cidade está em uma situação boa, de crescimento," esclarece a coordenadora de divulgação do Censo 2022 no RS.
Sobre as recusas de atendimento ao recenseador, Bento registrou 1.902 em casos de "Particular permanente ocupado - sem entrevista" que significa "domicílios com recusa ou morador ausente - quando o recenseador não localiza o morador, mas sabe que existe," salienta Sônia.
Números no Brasil
Em 1º de agosto de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Desde 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico anterior, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país. Os dados são dos primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo IBGE.
Nos 150 anos que separam a primeira operação censitária da última, o Brasil aumentou a sua população em mais de 20 vezes: ao todo, um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado entre as décadas de 70 e 80, quando houve uma adição de 27,8 milhões de pessoas. Mas a série histórica do Censo mostra que a média anual de crescimento vem diminuindo desde a década de 60. “Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.
O Sudeste continua sendo a região mais populosa do país, atingindo, em 2022, 84,8 milhões de habitantes. Esse contingente representava 41,8% da população brasileira. Já o Nordeste, onde viviam 54,6 milhões de pessoas, respondia por 26,9% dos habitantes do país. As duas regiões foram as que tiveram a menor taxa de crescimento anual desde o Censo 2010: enquanto a população do Nordeste registrou uma taxa crescimento anual de 0,24%, a do Sudeste foi de 0,45%.
Por outro lado, o Norte era a segunda região menos populosa, com 17,3 milhões de habitantes, representando 8,5% dos residentes do país. Essa participação da região vem crescendo sucessivamente nas últimas décadas. A taxa crescimento anual foi de 0,75%, a segunda maior entre as regiões, mas bem inferior àquela apresentada no período intercensitário anterior (2000/2010), quando esse percentual era de 2,09%. Isso significa que, embora a população continue aumentando, o ritmo de crescimento do número de habitantes do Norte é menor em relação à década anterior.
A taxa de crescimento anual do Norte, frente aos dados de 2010, só foi menor do que a do Centro-Oeste (1,23%), região que chegou a 16,3 milhões de habitantes, o menor contingente entre as regiões. Isso significa um aumento de 15,8% em 12 anos. O Sul, que concentrava 14,7% dos habitantes do país, aumentou seu contingente populacional em 9,3% no mesmo período, alcançando 29,9 milhões de pessoas.