Nesta semana que passou, foi anunciado mais uma injeção de recursos na obra do Túnel do São João. Serão injetados pela prefeitura de Bento Gonçalves mias R$ 275.175,59 no terceiro repasse para a empresa responsável pela construção. Com a desculpa de reequilíbrio financeiro, o custo desta obra, que foi orçada em R$ 9 milhões, já está em R$ 11,3 milhões. O valor original, que foi autorizado em fevereiro era de R$ 212.938,91. Porém, muito mais que o dinheiro, quem ora na região tem reclamado que não vê mais funcionários trabalhando nas obras. Poucos funcionários são vistos trabalhando no local e, além disso, o avanço das obras entraram num ritmo de lentidão inexplicável. Vamos torcer que, com a liberação de mais este recurso, as obras ganhem mias agilidade e, principalmente, mais funcionários trabalhando ao longo do dia.
Prós e contras dos 115 dias do governo Diogo Siqueira
Com pouco mais de três meses de administração de Bento Gonçalves, o governo do prefeito Diogo Siqueira passa por altos e baixos. E isso é normal. Porém, algumas coisas ele poderia ter feito um pouco mais e, em outros casos, nem deveria ter feito. Resolvi listar aqui uns prós e contras de Siqueira à frente da Casa Amarela, com o humilde objetivo de dar um feedback para sua atuação até aqui. Lembrando, aos defensores de plantão, que esta é só a minha opinião.
Pontos positivos - 1 - O prefeito tem dado atenção aos pequenos problemas dos bairros e também de localidades do interior. Esses trabalhos não aparecem de forma grandiosa, porém, atendem necessidades importantes de quem sofre com o problema, como foi o caso da escadaria feita para moradores no Loteamento Paim; 2 - A organização do sistema de vacinação no município é louvável. A parceria do poder público com a Fundaparque garante segurança e agilidade no atendimento da população; 3 - A conversa das quartas-feiras ouvindo a comunidade é outro ponto positivo. Tomara que ele tenha fôlego (e agenda) para manter este serviço, para não ser taxado futuramente que abandonou a população, como aconteceu com Guilherme Pasin, que começou o projeto e não deu continuidade.
Pontos a melhorar - 1 - A comunidade e as lideranças empresariais estão esperando o despertar daquele líder que surgiu no início da pandemia, comandando as ações realizadas na área da saúde. Nestes primeiros meses, o protagonismo do prefeito ainda não apareceu. Até o momento, Diogo está muito apoiado na figura de Amarildo Lucatelli, dando a impressão de que não consegue governar sem ele por perto. Siqueira precisa mostrar quem é o líder deste barco, afinal, é ele quem tem a caneta para a tomada de decisões. Além disso, para ter o respeito dos CCs e dos vereadores, principalmente da maioria que é viúva do ex-prefeito Guilherme Pasin, é preciso mostrar que a cidade tem um novo líder e ele tem pulso firme e vontade própria para tomar decisões. 2 - O projeto Prefeitura no Bairro é uma ótima iniciativa. Mas não pode se resumir à roçada, limpeza e pintura de ruas. A maior reclamação dos moradores impactados pelo projeto é de que a prefeitura passa pelo bairro e só faz o que chamamos de perfumaria ou nariz de cera. Mas ele deve ser mantido e aprimorado, talvez, fazendo um levantamento prévio das principais necessidades do bairro e aplicando ações mais impactantes no local, deixando uma marca importante da passagem do poder público pelo local. 3 - Um dos grandes desafios da administração Diogo Siqueira será controlar a situação envolvendo as empresas terceirizadas que atuam em Bento Gonçalves. Os "esquemas históricos" que envolvem a escolha dessas empresas, principalmente as que atuam na área da CCS que saiu, mas todos sabem que não saiu, precisam ser mais transparentes. Porém, temos que lembrar que a caminhada de Diogo Siqueira recém está começando. São somente 115 dias.
A receita de como acabar com um time vencedor
A frase acima me deixa muito triste, pois ela resume o que aconteceu com o nosso Esportivo em 2021. Depois de um 2020 promissor, que rendeu o título de Campeão do Interior, parecia que o clube subiria de patamar e entraria para o grupo de times como Juventude e Caxias. Porém, as escolhas erradas sacramentaram o time para voltar à estaca zero ou melhor, para a Divisão de Acesso. O Esportivo seguiu direitinho a cartilha do rebaixamento. Foram 3 treinadores em apenas 11 jogos, lembrando que um deles abandonou o clube por vergonha do elenco que encontrou aqui. Venceu apenas 2 jogos e, se tivesse apenas empatado mais um, teria ficado na Série A, o que demonstra o tamanho da incompetência do trabalho. Eu juro que ainda estou tentando entender o que fez a direção do Esportivo desmontar inteiramente o time Campeão do Interior (apenas 3 jogadores ficaram) e trazer jogadores sem um histórico vencedor e que, com todo o respeito, estavam longe de jogar em qualquer equipe da Série A do Gauchão? Será que foi tudo em nome de uma economia de pouco mais de 20% na folha de pagamento? Se não forma os diretores que escolheram os jogadores, deveriam ter visto, lá na escolha, que o grupo era fraco e que as escolhas foram mal feitas. Resumindo: não dá para terceirizar o futebol e ficar olhando da arquibancada. E agora, vão demitir todo mundo e remontar tudo para a disputa da Série D? Ou vão fechar as portas do cube e se preparar para a disputa da Divisão de Acesso novamente? Só o tempo, que é curto, dirá.