
Investir em cortinas é investir em conforto e bem-estar. Elas filtram a luz, trazem aconchego e completam o ambiente com textura e movimento. “Além da estética, cumprem funções importantes: controlam a luminosidade, auxiliam no conforto térmico e acústico, garantem privacidade e protegem móveis e tecidos da ação do sol”, explica a arquiteta Karine Furlanetto. Conforme a profissional, é um elemento que une beleza e funcionalidade, e faz toda diferença no resultado de um projeto.
A escolha entre cortinas e persianas depende muito do estilo do projeto e das necessidades do ambiente. “As persianas costumam ser ideais para espaços que pedem praticidade e um visual mais limpo, como escritórios e cozinhas — ou até mesmo em áreas sociais amplas e envidraçadas, onde o uso de tecido pode ser menos funcional, já que ao abrir as janelas os panos acabam se movimentando”. Já as cortinas trazem mais aconchego e movimento, sendo perfeitas para áreas de estar e dormitórios. “Muitas vezes, o melhor resultado vem da combinação das duas: a persiana garante o controle da luz, enquanto a cortina adiciona textura e acolhimento ao espaço”, comenta Karine.
Hoje existe uma grande variedade de tecidos para cortinas, que vão desde os mais leves e translúcidos, como o voil, até os de caimento mais estruturado, como os linhos e os veludos. “Dentro dessa gama, é possível escolher entre o linho puro, que traz um visual natural e elegante, e os linhos sintéticos com poliéster, que são muito práticos no dia a dia, pois amassam menos e têm ótima durabilidade”. De acordo com a arquiteta, tecidos leves permitem uma iluminação suave e natural, criando uma atmosfera delicada e acolhedora. “Os tecidos mais densos proporcionam maior controle da luz e da privacidade, sendo ideais para dormitórios e salas de TV. O ideal é buscar o equilíbrio entre estética, funcionalidade e o estilo do espaço”.
A escolha das cores e estampas deve estar em harmonia com a decoração. “Em geral, cortinas em tons neutros e tecidos lisos trazem leveza e atemporalidade, além de se adaptarem com facilidade a futuras mudanças no ambiente”. Estampas e cores marcantes funcionam bem quando se quer dar destaque ou personalidade a um espaço específico.
“Mais do que a cor, a textura do tecido faz toda diferença — tramas naturais e variações sutis de fios criam profundidade e acrescentam riqueza visual, mesmo em tons neutros”, destaca Karine.
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A arquiteta lembra que, nos edifícios, é importante verificar se o condomínio possui alguma norma quanto à cor das cortinas voltadas para a fachada. Em muitos casos, é exigido o uso de tecidos claros, justamente para manter a uniformidade visual externa. “Vale observar a paleta geral do projeto, a incidência de luz natural e o efeito desejado: tons claros ampliam visualmente, enquanto tons mais fechados ajudam a criar aconchego”.
Atualmente, os modelos mais usados combinam praticidade e estética. Entre as cortinas, o trilho suíço se destaca pelo acabamento discreto — com apenas 1cm no forro — e pelo deslizamento suave e silencioso. Quando combinado com a fita wave, mantém as ondas da cortina sempre organizadas.
“Nos modelos de persianas, as Rolôs são as mais utilizadas em ambientes que exigem praticidade e menor investimento”. Também são frequentes o uso das plissadas e aquelas com lâminas de tecido ajustáveis, que permitem controle de luz. Em espaços grandes ou com pé-direito alto, sempre sugerimos a motorização, garantindo praticidade e melhor funcionamento das persianas.
“Sempre utilizamos as cortinas piso-teto para obter maior elegância. Mesmo quando a janela possui peitoril, optamos pela cortina até o chão, vestindo a parede e criando uma sensação de amplitude e sofisticação”, pontua. Quanto aos acabamentos, há preferência por detalhes discretos que valorizem o tecido, como barras pesadas para dar caimento. “A escolha depende sempre do estilo do ambiente e da funcionalidade desejada”.
Cortinas podem ser combinadas com outros elementos para valorizar a decoração e criar harmonia no ambiente. “Elas funcionam bem com persianas, permitindo controle de luz e privacidade. Principalmente nos quartos, além do cortineiro, a solução de colocar painéis laterais, encaixando a cortina para não vazar luz, é muito eficiente e cria um emolduramento elegante”.
Cortinas também podem ser combinadas com móveis, tapetes e objetos de decoração, criando um conjunto harmonioso e cheio de personalidade no ambiente.
A cortina pode ser pensada como uma peça central do ambiente. “Ela pode ter um papel discreto, apenas complementando a decoração, ou se tornar o grande destaque do espaço. Tudo depende da proposta do projeto”, revela a profissional.
Em um home cinema, por exemplo, uma cortina de veludo mais encorpado cria um efeito requintado e marcante, tornando-se parte importante da atmosfera do ambiente. “Já em espaços sociais ou dormitórios, tecidos leves e tons neutros podem trazer delicadeza e equilíbrio. A escolha certa valoriza o estilo e o conforto do espaço”.
Beleza e funcionalidade caminham juntas quando o projeto é bem pensado. “Uma cortina bonita, além de valorizar o ambiente, precisa cumprir seu papel: filtrar a luz, garantir privacidade e proporcionar conforto térmico e visual”, destaca Karine. Ela completa dizendo que, quando o tecido, o modelo e o acabamento são escolhidos de forma coerente com o espaço, o resultado é completo: um ambiente harmônico, aconchegante e funcional, onde estética e praticidade se complementam naturalmente.