Se antes os lavabos eram espaços discretos nos projetos residenciais, hoje eles ganham status de cenário e liberdade criativa. Pequenos na metragem, porém grandes em impacto, esses cômodos se transformaram em locais perfeitos para exaltar texturas, materiais e soluções estéticas que fogem ao convencional, mas que fazem todo sentido. Segundo a arquiteta Silvia Menegat, hoje até nos apartamentos menores, com dois dormitórios, já se tem esse espaço previsto pelas construtoras. “A ideia de se ter um banheiro que não seja de uso pessoal para receber as visitas e não mostrar a privacidade dos moradores já é unânime e isso independe de classe social”, explica Silvia. Segundo a arquiteta, o lavabo hoje em dia é extremamente importante na questão funcional de um apartamento e é perfeito para ousar com elegância e deixar uma impressão inesquecível nos visitantes.
O lavabo é um ambiente que se pode ousar na decoração. “Diferente do restante do apartamento, onde se passa muito tempo e precisa haver uma decoração que não seja ‘cansativa’, o lavabo é menos utilizado e pode ser diferente. Normalmente ele é usado pelas visitas e muito pouco pelos moradores, por isso é o espaço onde se pode se atrever na decoração”, comenta a profissional. “Eu gosto muito de surpreender os visitantes com um projeto mais impactante e, claro, seguindo o estilo de cada morador: afinal, o que é ousado para cada um? Tudo isso é levado em conta na realização do projeto”, completa.
O lavabo passou a ser parte social da casa. “Podemos trabalhar com uma infinidade de possibilidades de revestimentos que hoje o mercado nos oferece”. De acordo com a profissional, isso vai depender muito do projeto e da criatividade de quem for fazer, além do gosto de cada cliente. “Nesse espaço não pode faltar uma pitada de ousadia e personalidade do morador. O lavabo nos permite ter esse toque a mais”.
Não existe uma regra de que material se pode ou não usar nesse ambiente. “O lavabo tem um caráter social dentro da proposta do ambiente. Ele faz parte do living. A ideia é sempre trazer elementos que não sejam só de uso do lavabo, mas sim elementos acolhedores, de aconchego, não trazendo ele como um banheiro, e sim como parte do living”, completa a arquiteta.