
Carecemos de várias opções de lazer, isso é sabido por todos. O que talvez muitos não saibam (nem eu, mas desconfio) é que a nova onda do momento é investir em esportes aquáticos ou em algo ligado a movimentos rápidos e certeiros, como tênis, paddle ou peteca (badminton, pra ser chique). Certamente, em breve, teremos locais adequados para praticá-los.
Numa noite de insônia — causada pela música alta dos membros da família Culicidae — decidi dar umas voltas pelas ruas da cidade. Até que são afinados, mas não é bem o meu estilo de som. Foi depois de um dia de chuva, e, como sabemos, nesses dias esse pessoal costuma ficar agitado e sai voando por aí.
Bem, encontrei vários elementos que seriam um prato cheio pra essa galera, e não só prato: copos, garrafas, tampinhas... Excelentes berçários!
Estamos num período crítico, ou propício, depende do ponto de vista. Chuva, sol, calor…
Se o seu ponto de vista for um tanto pessimista, pode imaginar o abafamento, o suor escorrendo, o mato crescendo mais rápido que os fios de cabelo (pra quem ainda os tem).
Mas, se tende mais para o otimista, verá flores, primavera… o amor está no ar.
Mas cuidado: até o excesso de coisas boas pode ser perigoso. O tédio muitas vezes ataca os que têm de tudo, pois, se não tivessem, estariam ocupados em buscar algo que os mantivesse vivos e ativos.
Atividade é o que não falta para os Culicidae — minhas asas cansam só de pensar.
E NÃO SÓ AS ASAS!!!
Que nos digam os que, por ventura, já tenham sido acometidos pelos ataques dos Culicidae.
A sensação não é nada agradável, é como se tivesse sido atropelado por um trem.
E isso nem é tão impossível, já que temos a Maria Fumaça.
Ainda bem que nunca fui… nem atropelado, nem vítima dos ataques indesejados.
A propósito, a Maria Fumaça pode até ser uma solução!
Dizem que, nos shows dos Culicidae, é proibido qualquer tipo de elemento que produza fumaça, qualquer tipo mesmo. O forte deles é o líquido, o que é bastante controverso, já que vivem (pelo menos as fêmeas) a maior parte do tempo nos ares, em busca de corpos quentes.
O que me levou a divagar tanto? Ah, lembrei!
Os esportes aquáticos possíveis de serem praticados nos piscinões que se formam onde deveria haver estrutura para o esporte e lazer, secos, no caso.
Vemos por aí que, em algumas praças (principalmente as que têm quadras de areia), basta uma leve chuva para que haja acúmulo de água que dura dias. Três já seriam suficientes para transformar o local em um berçário de mosquitos — entre eles aquele famoso, cujo nome lembra o de uma companhia aérea de um país africano: o Aeros Egípcio (sei lá se é assim que se escreve).
Bom, não sou engenheiro, urbanista, sanitarista ou agente de combate a endemias, e no fundo da minha ignorância, penso que a solução pra essa situação seria simples e barata: basta despejar uma boa carga de areia, mas tem que espalhar!
Enquanto isso, podemos adequar esses espaços para polo aquático ou o biriguíssissimo biribol.
E, para quem estiver fora da partida, pode ensaiar os movimentos dos esportes com raquete, as elétricas de preferência.