Já muito difundida na Europa, Japão e Estados Unidos, a arquitetura modular é uma opção para quem busca uma obra rápida, eficiente e sem imprevistos. Versátil, pode ser usada em diversas finalidades: desde micro hospedagem (Airbnb), cafés, escritórios, ateliês, módulos temáticos para eventos, estúdios, hotelaria, pet shops, entre outras possibilidades.
Com modelos pré-definidos e sistemas pré-fabricados, os módulos chegam prontos ao local e são, literalmente, “montados” no terreno. Isso reduz o tempo de construção e o desperdício de materiais. “Uma das grandes vantagens é levar o canteiro de obra para um ambiente controlado de fábrica. Faça chuva ou sol, temos controle do que estamos fazendo, tornando o processo muito mais ágil, eficiente e menos sujeito a interferências externas”, afirma Ronaldo Ferrari, arquiteto e sócio da Be in Box, empresa de Bento Gonçalves (RS) especializada neste tipo de construção.
As casas modulares, como o nome indica, são espaços formados por um conjunto de módulos, com a possibilidade de acréscimo ou remoção conforme as necessidades. “Ele se adequa às suas necessidades, e a expansão é feita de forma ordenada. Diferente da alvenaria, não deixa com 'cara de puxadinho'”, destaca o arquiteto.
Além da agilidade, uma casa modular também representa economia no longo prazo, devido à sua baixa necessidade de manutenção. Os interiores são 100% personalizados, com liberdade para escolher materiais, disposição dos ambientes, acabamentos e aberturas. Cada módulo custa em torno de R$ 125 mil, segundo Ferrari.
Rapidez e sustentabilidade
O engenheiro civil e também sócio da Be in Box, Marcelo Ticiani, destaca que, após feitas as fundações, é possível entregar uma casa modular em até 60 dias. A montagem consiste basicamente na instalação de estruturas previamente fabricadas em ambiente industrial. Prazo esse praticamente inalcançável na construção convencional.
O orçamento, fechado na assinatura do contrato, é mantido sem custos surpresa. Outro aspecto de destaque é a sustentabilidade: a obra modular gera menos resíduos, consome menos materiais e tem um desperdício quase zero. “Os recursos são calculados milimetricamente”, explica Ticiani.
A construção modular oferece uma resposta às dificuldades da obra tradicional, como a falta de mão de obra qualificada e o uso ineficiente de recursos. Ao contratar o projeto, o cliente define os revestimentos, cores e materiais que melhor combinam com seu estilo e necessidades.
Além disso, os módulos são transportáveis: o módulo básico mede 20m² (3,20m x 6,30m), pesa 5 toneladas e pode ser levado para outro local com caminhão guincho. Uma solução que alia tecnologia, personalização e respeito ao meio ambiente, desenhada para o futuro da construção civil.