Domingo, 14 de Dezembro de 2025
17°C 34°C
Bento Gonçalves, RS
Publicidade

STF libera o pagamento do piso da Enfermagem para servidores públicos

A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Luís Roberto Barroso, para estabelecer que o piso deve ser pago por estados, Distrito Federal, municípios e autarquias somente nos limites dos recursos repassados pela União.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
01/07/2023 às 17h52
STF libera o pagamento do piso da Enfermagem para servidores públicos

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu liberar o pagamento do piso da enfermagem para servidores do setor público mediante o atendimento de alguns critérios. O julgamento, realizado no plenário virtual, terminou na noite desta sexta-feira, 30 de junho.

O STF analisou uma ação ajuizada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que questionou a constitucionalidade de uma lei aprovada em 2022. A norma fixou o piso nacional em R$ 4.750 para os profissionais de enfermagem, R$ 3.325 para os técnicos de enfermagem, e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras. Pela lei, os valores deveriam valer tanto para o setor público como para o setor privado. A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Luís Roberto Barroso, para estabelecer que o piso deve ser pago por estados, Distrito Federal, municípios e autarquias somente nos limites dos recursos repassados pela União.

No voto de Barroso, apresentado em conjunto com o ministro Gilmar Mendes, foram estipuladas regras para o pagamento do piso para servidores públicos porque não há uma fonte segura para custear nos próximos anos os encargos financeiros impostos aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios. Em 2023, o governo federal abriu crédito especial para esse fim. Barroso e Gilmar propõem que, para garantir o piso, a União possa usar recursos de emendas parlamentares.

As divergências entre os ministros apareceram sobretudo em relação ao setor privado, que emprega os enfermeiros celetistas. Os ministros Barroso, Gilmar, Cármen Lúcia e André Mendonça votaram para que a implementação do piso seja precedida de negociação coletiva, de modo a “admitir acordos, contratos e convenções coletivas, a fim de possibilitar a adequação do piso à realidade dos diferentes hospitais e entidades de saúde pelo país”. Segundo o relator da ação, o objetivo é evitar o risco de demissões e de prejuízo aos serviços de saúde.

O ministro Dias Toffoli apresentou um complemento a esse entendimento, no qual propõe que, além da negociação coletiva, seja prevista uma regionalização do valor do piso, devendo prevalecer “o negociado sobre o legislado”. Toffoli foi acompanhado por Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Nunes Marques. “Em relação aos profissionais celetistas em geral, a implementação do piso salarial deve ocorrer de forma regionalizada mediante negociação coletiva realizada nas diferentes bases territoriais e nas respectivas datas base, devendo prevalecer o negociado sobre o legislado, tendo em vista a preocupação com eventuais demissões e o caráter essencial do serviço de saúde”, propôs Toffoli.

Somente os ministros Edson Fachin e Rosa Weber votaram para que a lei vigore da forma como foi aprovada, prevendo o mesmo piso para todos os profissionais.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Bento Gonçalves, RS
29°
Tempo nublado
Mín. 17° Máx. 34°
31° Sensação
1.57 km/h Vento
57% Umidade
0% (0mm) Chance chuva
05h21 Nascer do sol
19h20 Pôr do sol
Segunda
30° 16°
Terça
23° 13°
Quarta
24° 10°
Quinta
29° 11°
Sexta
32° 14°
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,42 +0,00%
Euro
R$ 6,36 -0,02%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 508,624,78 -1,78%
Ibovespa
160,766,38 pts 0.99%
Enquete
Nenhuma enquete cadastrada