Faltando apenas uma convenção partidária – a do PROS, que definirá somente candidatosa vereador nesta sexta-feira, dia 5 –, o cenário eleitoral para a disputa àprefeitura, em outubro, está praticamente consolidado. Dois partidos, PMDB e PDT, entram nabriga com chapa pura, ou seja, trazem os nomes de postulantes ao cargo deprefeito e vice da mesma sigla. O PT, por sua vez, aposta em uma coalizão deesquerda, com o PCdoB indicando seu vice e o PTdoB na retaguarda. O PP vemaliado ao PSDB, mas com apoio de outros sete: PPS, PSD, PRB, Rede, PTB, PR eDEM.
A campanha inicia oficialmente no próximo dia 16. Confira como fica o quadro nacorrida ao Poder Executivo:
César Gabardo (PMDB): o advogadoentra na disputa tendo como seu vice o ex-prefeito Alcindo Gabrielli(2005-2008), em uma chapa pura do PMDB. Gabardo foi secretário de Governo daatual gestão, entre janeiro de 2013 e abril de 2014. Como presidente do partidono município, liderou, no final de fevereiro deste ano, o rompimento da siglacom o PP, agora adversário. Contra sua candidatura, ainda pesam as críticaspelo fato de seu pai ter se mantido no cargo de vice-prefeito até o mês dejunho deste ano. Tem como aliados o PSB e o PSC.
Evandro Speranza (PDT): concorre ao lado de Manoel Nobre, o Ceará, tambémem chapa pura do PDT. O empresário já concorreu a vice pelo partido em 2012,quando o candidato a prefeito foi Juarez Piva. Seu maior desafio ao longo dos45 dias de campanha será tentar ampliar sua projeção junto à comunidade, hojetalvez a mais discreta entre os quatro postulantes ao cargo mais importante dacidade. A coligação traz ainda o PROS, de Elmar Cainelli, que abriu mão de suacandidatura e indicará apenas nomes ao Legislativo.
Guilherme Pasin (PP): em busca dereeleição, aliou-se ao PSDB e trouxe o ex-prefeito Aido Bertuol (1986-1988 e1993-1996) de volta ao jogo, como seu vice. Vencedor na disputa contra RobertoLunelli, em 2012, por menos de 400 votos, Pasin terá que direcionar sua miranovamente contra o petista, mas também manter um olho em seu ex-aliado,Gabardo. O atual prefeito, recentemente, viu crescerem os questionamentos sobrea dívida de mais de R$ 80 milhões que o seu vice, ao renunciar, afirmou que aprefeitura acumulava. Seu bloco de apoio conta ainda com PPS, PSD, PRB, Rede,PTB, PR e DEM.
Roberto Lunelli (PT): após quasequatro anos de absoluto silêncio, o ex-prefeito (2009-2012) retorna à briga,com o também professor Paulo Wünsch (PCdoB) como seu vice. Com um final degoverno turbulento, que teve obras paralisadas em função de uma crisefinanceira e política, o petista ainda encara na Justiça acusações sobre a suagestão, incluindo desvios que teriam sido praticados por ex-servidores duranteseu mandato. Recentemente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) colocou seunome na lista de gestores que tiveram contas consideradas irregulares, o queainda pode se tornar uma pedra no caminho de sua candidatura. Sua chapa tambémtem o PTdoB.