Quarta, 18 de Junho de 2025
13°C 15°C
Bento Gonçalves, RS
Publicidade

Chanceler diz que Brasil defende a paz e a negociação entre Rússia e Ucrânia

Bruno Spada/Câmara dos Deputados Mauro Vieira: Brasil adota um “equilíbrio construtivo” no conflito entre Rússia e Ucrânia O ministro das Relaçõe...

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Câmara de Notícias
24/05/2023 às 16h30
Chanceler diz que Brasil defende a paz e a negociação entre Rússia e Ucrânia
Mauro Vieira: Brasil adota um “equilíbrio construtivo” no conflito entre Rússia e Ucrânia - (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (24) na Câmara dos Deputados que o Brasil adota um “equilíbrio construtivo” na posição sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, ao mesmo tempo condenando a invasão do território ucraniano e criticando o que chamou de “cancelamento” da Rússia pela comunidade internacional, o que dificultaria o diálogo pelo fim da guerra.

O chanceler foi questionado pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) sobre o posicionamento do governo Lula em relação ao conflito Rússia-Ucrânia. “Vemos a hesitação do nosso corpo diplomático em reuniões como, por exemplo, a do Conselho de Segurança das Nações Unidas de condenar, com mais veemência, o que a Rússia tem feito contra a Ucrânia. Também a própria postura do presidente Lula, que virou praticamente um isolado pária internacional na reunião do G-7, no que diz respeito à conversa com o presidente Zelensky, que acabou não acontecendo”, disse o deputado.

O deputado General Girão (PL-RN) classificou como dúbia a posição do presidente da República sobre a guerra. Em resposta, o ministro Mauro Vieira reiterou que o presidente defende a paz e a negociação entre os dois países.

Mercosul e União Europeia
Convidado pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara para falar sobre as prioridades da Pasta, o ministro afirmou que é possível assinar, até o fim do ano, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, mas acrescentou que o governo está examinando um documento enviado pelos europeus com novos itens ambientais, que, segundo ele, desequilibram as negociações.

“Desejamos um instrumento equilibrado, com ganhos concretos para ambos os lados, tanto em matéria de comércio como de investimentos. Ao mesmo tempo, não aceitamos que o meio ambiente – preocupação legítima e que compartilhamos – seja utilizado como pretexto para exigências despropositadas, para a adoção de medidas de viés protecionista ou, no limite, para retaliações descabidas”, observou.

Ex-ministro do Meio Ambiente, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) cobrou posição mais firme do governo para que o Brasil não seja taxado como “vilão ambiental” e para que os países desenvolvidos paguem o que foi prometido pelos créditos de carbono.

“Essas negociações, que utilizam o desmatamento como argumento de protelação ou não consecução de acordos, escondem o real problema do tema de mudanças climáticas que são os combustíveis fósseis. Cada vez que nós deixamos a negociação internacional resvalar dentro da área ambiental no tema desmatamento, nós estamos deixando de lado aquilo que eles não querem discutir, que são as emissões decorrentes de combustíveis fósseis. O grande problema das mudanças climáticas não tem nada a ver com o desmatamento da Amazônia, é combustível fóssil”, disse Salles.

Unasul e Celac
Alguns parlamentares, como o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), criticaram o reingresso do país na União de Nações Sul-Americanas (Unasul), pelo fato de o grupo reunir países considerados não democráticos.

O chanceler Mauro Vieira lembrou que o País já se reintegrou à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), e defendeu a Unasul, dizendo que muitas crises foram resolvidas no âmbito do grupo. Ele lembrou o compromisso de Lula – durante a campanha eleitoral – de revalorizar a integração regional.

“Estamos cientes de que há diferentes expectativas e visões na região em relação à integração, mas estamos também convencidos de que há denominadores comuns, a começar pelo reconhecimento da necessidade de trabalhar conjuntamente com nossos vizinhos imediatos para fazer frente aos múltiplos desafios que compartilhamos”, disse Vieira.

G-7 e OCDE
O ministro das Relações Exteriores apontou esforços do governo brasileiro em ações de política externa: informou que ele já se encontrou com 90 interlocutores estrangeiros e que o presidente Lula teve conversas com representantes de 30 países. Ele evidenciou a participação do país na reunião do G-7, em Hiroshima, no Japão, negando que o Brasil tenha ficado isolado nas discussões.

O titular do Itamaraty também citou negociações com os países sul-americanos sobre segurança das fronteiras e com os Estados Unidos sobre mudanças climáticas. Ainda destacou a questão amazônica como um tema estratégico e ressaltou que o governo está examinando a proposta, que ele classificou como “complexa”, de ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Bento Gonçalves, RS
15°
Chuvas esparsas
Mín. 13° Máx. 15°
15° Sensação
2.68 km/h Vento
90% Umidade
100% (15.68mm) Chance chuva
07h18 Nascer do sol
07h18 Pôr do sol
Quinta
14° 13°
Sexta
15° 12°
Sábado
13° 10°
Domingo
17°
Segunda
13°
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,49 -0,17%
Euro
R$ 6,30 -0,17%
Peso Argentino
R$ 0,00 +2,22%
Bitcoin
R$ 608,662,73 +0,25%
Ibovespa
138,716,64 pts -0.09%
Enquete
Nenhuma enquete cadastrada