Há um ano, em dezembro de 2017, Elton Paulo Gialdi assumia a presidência do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG) com o intuito de promover oportunidades. “Acredito que o plano deu certo”, comenta, lembrando de situações como o estímulo ao engajamento cívico, oportunizando o debate e o discernimento crítico da sociedade. O ano político pelo qual o Brasil passou, realmente, guiou muitas das ações protagonizadas pelo CIC-BG. Outras frentes de trabalho foram abertas a fim de mostrar a forma de atuação do CIC-BG para a sociedade bento-gonçalvense. Relembre:
Engajamento cívico
Foi uma das bandeiras do presidente do CIC-BG, Elton Paulo Gialdi. A entidade recebeu diversas palestras de cunho político, como o então pré-candidato a presidente Flávio Rocha, a senadora Ana Amélia Lemos, que viria a ser candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin, e o futuro governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Neste contexto, outras ações foram desempenhadas. O jornalista Daniel Scola, gerente de jornalismo da rádio Gaúcha, mostrou um panorama com os candidatos a presidente e ao governo gaúcho a partir de entrevistas feitas com os próprios pela emissora da RBS. A presidente da Federasul, Simone Leite, foi outra que trouxe o tema política para sua fala, destacando a importância do envolvimento empresarial com a questão e defendendo o protagonismo da classe produtora na busca por reivindicações. O CIC-BG também liderou a sociedade bento-gonçalvense na construção das metas da Agenda 20/20, um conjunto de propostas entregue aos candidatos ao governo do Estado, agregou-se à criação e estimulou o ‘Bento +20’, que irá planejar nosso município para os próximos anos.
Segurança
Tradicional parceiro das demandas que envolvem a segurança em Bento Gonçalves, o CIC-BG mais uma vez uniu-se a outras entidades e contribuiu, decisivamente, para grandes avanços na área. Uma das conquistas foi a construção do novo presídio da cidade, previsto para ser inaugurado em janeiro de 2019. Com isso, a problemática casa prisional instalada em pleno Centro, que oferece riscos à comunidade, será desativada. O CIC-BG também atuou, como vem fazendo há anos, para sensibilizar a classe empresarial para as necessidades das polícias. Uma das mais recentes investidas foi a intermediação junto ao empresariado para a aquisição de computadores para os alunos que estão no curso de soldados da Brigada Militar – alojados, inclusive, em aposentos financiados por diversas entidades e empresas. Ainda, atuou para sensibilizar a comunidade no novo plano de aquisição de câmeras do Consepro, ampliando o raio de vigilância eletrônica da Brigada Militar.
Sede própria
O ano de 2018 entrará na história do CIC-BG por ser ter sido o primeiro de atuação em sua aguardada nova sede, um sonho acalentado durante décadas. Entregue em dezembro de 2017, o prédio começou a ser utilizado a partir de janeiro deste ano, quando a sede administrativa foi transferida para o novo espaço. O prédio simboliza o associativismo que sempre pautou a atuação do CIC-BG. Ao lado da mais representativa entidade empresarial da cidade, operam no mesmo prédio – denominado Bento Gonçalves Centro Empresarial –, importantes associações de classe, como a Movergs e o Sindmóveis, do setor moveleiro. As três foram responsáveis pelo investimento de R$ 17 milhões aplicados na construção do prédio, um complexo de 5 mil m² que também congrega outras entidades – Ascon, Segh, Simplav e Sindibento, Apescont e Consepro. O Bento Gonçalves Centro Empresarial fica localizado na Rua Avelino Luiz Zat, 95, bairro Fenavinho, junto ao Parque de Eventos.
Relacionamento comunitário
Aproximar-se da comunidade onde atua também foi uma das principais ações do CIC-BG durante o ano de 2018 – além da tradicional forma de atuação através da ExpoBento, da Parceiros Voluntários, do Consepro, do Leãozinho do Bem, do PGQP, entre outros. A entidade tem um histórico compromisso com a sociedade, e nada melhor do que fortificar esse secular laço com uma emblemática festa de Bento Gonçalves: a Fenavinho. O CIC liderou o movimento de retomada da festa em 2019 com a parceria de diversas entidades e do poder público. Outra importante iniciativa neste sentido foi a promoção que reuniu três líderes de grandes marcas da cidade, o Hospital Tacchini, a Vinícola Aurora e a Todeschini, para dividir histórias e vivências desses empreendimentos. Todas são marcas com trajetória de décadas na sociedade bento-gonçalvense, sendo reconhecidas internacionalmente. Neste ano, também, o CIC-BG instituiu o prêmio Dom Empreendedor, reconhecendo personalidades que, pelo arrojo de suas atuações, elevaram a cidade a patamares de grande desenvolvimento econômico. “Uma forma não apenas de distinguir importantes empresários, mas também de perpetuar seus nomes na história de Bento Gonçalves”, reforça Gialdi.
Novos associados
Muito do trabalho de sensibilizar o empresariado para o engajamento cívico traz, também, a ideia de agregar novos membros ao quadro societário do CIC-BG, assim como as palestras e cursos oferecidos no decorrer do ano. Para Gialdi, esses eventos criam relacionamentos, fortalecendo uma rede de contatos em que a disseminação da informação acaba influenciando empresários não associados ao CIC a procurar a entidade. Mais de 30 empresas juntaram-se à família CIC-BG neste ano. Se a chegada de novos associados fortifica o associativismo que criou a entidade, essa retribui a eles com representatividade junto a órgãos públicos as reivindicações da classe, além de oferecer grandes descontos em eventos do CIC e no aluguel das salas da entidade.
Bate-papo com Elton Paulo Gialdi
- Como avalia seu primeiro ano à frente do CIC- -BG?
ELTON: De maneira positiva, de trabalho intenso, de muita superação e aprendizado. Acredito que tivemos e ainda temos vários desafios para superar, pois quem assume uma entidade com a grandeza do CIC-BG, não pode medir esforços para bem representar esta instituição que tem muito a contribuir para o município. Procuramos fazer tudo com muito zelo e na melhor forma, buscamos união e fortalecimento com demais entidades para sermos mais representativos. Acredito que conseguimos ajudar um pouco a tornar nossa região e nossa sociedade ainda melhores.
Há alguma iniciativa que gostaria de destacar?
ELTON: Foi um ano bem produtivo, até pelas circunstâncias que surgiram. Mas também acho que o CIC conseguiu desempenhar sua função como entidade que protagoniza ações em prol da sociedade. Atuamos muito de maneira política, engajados socialmente. Acredito que isso faz uma diferença muito grande, porque temos força para isso e não deixamos o poder público sozinho na busca pela representatividade que o município precisa. Atuamos com entidades parceiras, como Cics Serra, Amesne e Corede, para que nossa região não fique desassistida, para que tenhamos voz para que nossas demandas sejam vistas pelos governos como prioritárias e necessárias, pois somos uma das regiões que mais contribuem com a riqueza deste Estado.
Um de seus desafios quando assumiu era o de criar oportunidades. Conseguiu fazer isso?
ELTON: Acredito que sim, que o CIC criou várias situações para oportunizar melhorias em nossa sociedade. Muito partiu de sua própria história ligada ao associativismo, trabalhando de maneira coletiva. Aliás, essa foi uma das oportunidades: fomentar a atuação coletiva da sociedade. Estivemos à frente de nossos associados para estimular seu envolvimento político, já que só assim vamos conseguir mudar algo; trouxemos a maior festa deste município de volta e, junto a outras entidades, tenho certeza que faremos, em 2019, uma Fenavinho à altura de sua história, ao lado de outra grande marca de nosso município, a ExpoBento. Atuamos fortemente também com outras entidades para conseguirmos o novo presídio e dotar nossas polícias com equipamentos para combater o crime; nos empenhamos muito para reunir a cidade em torno do Bento+20, para pensar, discutir e projetar a Bento que queremos nos próximos 20 anos, um trabalho também coletivo. Tem muitas ações, e tenho certeza que muitos resultados virão disso.
Por que a preocupação política?
ELTON: Porque não há outra forma de resolver a situação do país senão por meio da política. Em tudo há política, onde há diálogo, há política. É preciso entender que frases como “políticos são todos iguais” ou “prefiro não me envolver com essas questões” só dão a entender que as coisas estão boas do jeito que estão. E todos sabem que não estão. Se quisermos mudar, se quisermos melhorar, temos de nos envolver, discutir, debater, cobrar. Nós, como entidade, temos o dever de estimular essa postura. E foi o que procuramos fazer, envolvendo nossos associados nessas discussões, pois sabemos que elas serão replicadas em seus meios. Estando cientes, agimos com mais inteligência.
O que esperar do CIC em 2019?
ELTON: Muito trabalho. Dedicação e empenho. Estaremos sempre dispostos ao engajamento pela defesa das bandeiras que são importantes para nossa gente. Entendemos que o mundo está mudando muito e rápido e os desafios e as necessidades que nossa entidade tem hoje são muito diferentes que a do passado, por isso precisamos estar atentos as novas demandas e principalmente incluir os jovens , dar espaço e apoio a esta geração que vai estar liderando daqui a alguns anos, mas para isso preciso incluir e preparar o terreno buscando uma sociedade melhor , sempre a favor dos interesses de Bento Gonçalves.