A eleição para a escolha da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) estão suspensas. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, 5 de junho, pela comissão eleitoral que organiza o pleito. Além disso, as duas chapas, que tinham como candidatos a presidente Inês Fagherazzi Bianchetti e Onésimo Pauleti foram impugnadas. Novas chapas terão que ser montadas apenas com produtores de Bento Gonçalves.
Um embate judicial entre os representantes das duas chapas do Sindicato dos Trabalhadores Rurais vinha sendo travada há pelo menos dois meses, com pedidos de liminar na justiça e o acionamento do Ministério do Trabalho e também o Ministério Público. A comissão eleitoral, designada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), constatou que não há registro no Ministério do Trabalho das bases territoriais de Monte Belo do Sul e Pinto Bandeira vinculadas ao STR. Além disso, Pinto Bandeira não consta nem no Estatuto Social do sindicato. Desta forma, ficam impedidos de participar do pleito eleitoral os trabalhadores rurais que atuam nestes municípios. Para participar do pleito, todos os integrantes da chapa devem possuir propriedade ou talão de produtor em Bento Gonçalves. Com isso, a chapa de Onésimo Pauleti, que reside em Monte Belo do Sul, foi impugnada pela comissão eleitoral.
Da mesma forma, a comissão também impugnou a chapa da atual presidente Inês Bianchetti, que concorria a reeleição. Além de possuir integrantes de outros municípios na chapa, Inês também teve sua candidatura impugnada, pois possuía talão de produtor da cidade de Pinto Bandeira, município que nem conta no estatuto do sindicato. Posteriormente, a presidente do STR apresentou bloco de produtor com exercício da atividade em Bento Gonçalves, mas datado de 9 de maio, data posterior à publicação do edital, ocorrida no dia 6 de maio.
Agora, com a suspensão da eleição, a comissão eleitoral aguardará a composição de novas chapas, apenas com integrantes de Bento Gonçalves, para que seja marcada uma nova data para o pleito eleitoral. De acordo com a assessora jurídica da Fetag, Elaine Terezinha Dillenburg, caso a eleição não aconteça até o dia 26 de junho, prazo em que termina o mandato da presidente Inês Bianchetti, a Fetag irá convocar uma reunião com todos os associados do sindicato para criar uma Junta Governativa, que ficará responsável por gerir o sindicato até a realização de uma nova eleição.