O humorista Cristiano Pereira, conhecido nacionalmente por interpretar os personagens Jorge da Borracharia e Gaudêncio no programa A Praça é Nossa, foi condenado a 18 anos, quatro meses e 15 dias de prisão, em regime inicial fechado, pelo crime de abuso sexual contra a própria filha de 7 anos. A decisão foi confirmada pela 7ª Câmara Criminal, mas o artista poderá recorrer em liberdade.
Segundo informações divulgadas pelo portal Leo Dias, a denúncia partiu da mãe da criança, que era amiga de longa data do humorista. Após uma visita paterna, ela percebeu sinais de abuso e acionou imediatamente a polícia. O caso foi registrado em boletim de ocorrência, a criança passou por exame de corpo de delito e, em seguida, o processo criminal foi instaurado. Paralelamente, tramita na 6ª Vara de Família de Porto Alegre um processo de guarda, no qual já havia sido determinada a convivência assistida para proteger a menina.
Durante o processo, Cris Pereira negou as acusações e alegou ser vítima de uma suposta prática de alienação parental por parte da mãe da criança. Sua defesa ingressou com ação pedindo a inversão da guarda. A advogada da vítima, Aline Rübenich, afirmou que a criança é fruto de um relacionamento breve, nunca assumido integralmente pelo artista, e que só houve aproximação por insistência da mãe.
Após a grande repercussão do fato, a esposa de Cris Pereira, Mary Godoy Pereira, publicou uma nota de esclarecimento, onde a defesa do artista revela que ele foi absolvido, em primeiro instância, mas não cita a condenação, ocorrida em segunda instância.
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A sentença foi aplicada com base no artigo 217-A do Código Penal (estupro de vulnerável), combinado com o artigo 226 (agravante por relação de autoridade ou guarda). Apesar da condenação, Pereira seguirá em liberdade enquanto recorre da decisão.
Com mais de 30 anos de carreira, Cris Pereira é figura ativa nas redes sociais, onde frequentemente publicava conteúdos familiares e registros de shows. A condenação tem repercutido fortemente entre fãs e na cena humorística. O caso segue tramitando em segredo de justiça, devido à proteção da identidade da vítima.