Marcada para os dias 6 e 7 de julho, o Museu de Arte Moderna do Rio (MAM) será a sede oficial da Cúpula dos Chefes de Estado do Brics, agrupamento formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, além de outros países e organizações convidados. O Brasil assumiu a presidência do Brics em janeiro de 2025.
Em 2024, a Prefeitura do Rio conduziu uma ampla renovação no espaço, incluindo melhorias internas e externas, quando o espaço também sediou reuniões do G20. Neste ano, o órgão estima um impacto financeiro superior a R$ 23 milhões durante os dois dias do encontro.
De acordo com Marta Fadel, colecionadora de arte, advogada e membro do conselho do MAM/RJ, o evento deve colocar o museu em um novo patamar de visibilidade global, reforçando seu papel como símbolo da cultura brasileira e também como um espaço preparado para acolher temas fundamentais para o futuro mundial.
“O encontro da cúpula simboliza uma valorização importante da cultura como agente de transformação e de diálogo entre nações. Escolher o MAM como palco de um evento dessa magnitude mostra que a cultura tem, sim, lugar central nas discussões sobre desenvolvimento, inclusão, sustentabilidade e cooperação internacional. É uma forma de reafirmar que arte e política caminham juntas na construção de novos futuros”, aponta.
Fadel reforça ainda que o local receberá os líderes com exposições ativas e obras em diálogo com o momento, além de usar a estrutura do museu como pano de fundo dessa nova narrativa. “Nosso objetivo é que os visitantes, mesmo em um contexto diplomático, se conectem com a força e a diversidade da arte brasileira.”
Com 40 delegações e a imprensa internacional presente, o evento deve movimentar a cidade, atraindo cerca de 4 mil participantes e reforçando o Rio de Janeiro como palco de grandes discussões globais.
Impacto cultural
A expectativa é que o evento gere um legado duradouro para o museu e para a cidade. Além do impacto econômico, Fadel acredita que o MAM poderá experimentar um aumento significativo na visitação após o evento, consolidando sua posição no cenário cultural internacional.
“Essa visibilidade pode gerar mais investimentos, reconhecimento global e oportunidades de intercâmbio cultural”, destaca. Segundo ela, o encontro também deve estimular novas parcerias, fortalecendo o papel dos museus brasileiros no circuito mundial.
Fadel ressalta que a organização já está em contato com os órgãos responsáveis pela cúpula para alinhar todas as adequações necessárias, principalmente no que diz respeito à segurança e à logística.
“Esperamos que isso abra portas para mais apoio público e privado ao setor, incentivando políticas que reconheçam os museus e centros culturais como locais estratégicos para o desenvolvimento do país, não apenas artístico, mas também social e diplomático. Isso mostra a capacidade que o Brasil tem de construir pontes entre os mundos, com arte, diálogo e sensibilidade”, conclui.
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