O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 4, a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A solicitação foi feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na tarde de terça-feira, 3, após a parlamentar anunciar que deixou o Brasil.
Além da ordem de prisão, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu o cancelamento dos passaportes de Zambelli e sua inclusão na lista de difusão vermelha da Interpol, mecanismo que permite a cooperação internacional para captura de procurados.
Na terça-feira, Zambelli informou que está nos Estados Unidos, onde realiza um tratamento médico, e declarou intenção de se mudar para a Itália, além de pedir licença do mandato na Câmara dos Deputados.
A deputada responde a dois processos no STF. Em um deles, foi condenada por unanimidade a 10 anos de prisão pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a perda do mandato parlamentar. No outro, responde por um episódio em que perseguiu um homem com arma em punho, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
O caso reacende o debate sobre imunidade parlamentar, cooperação internacional e os limites legais para autoridades eleitas. O nome de Zambelli deverá ser monitorado pelas autoridades internacionais a partir da solicitação de inclusão na rede da Interpol.