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Morre segunda vítima de homem que matou mulher na frente da filha de 5 anos

Ex-sogra do criminoso estava internada no hospital, após ter sido esfaqueada por ele.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
23/05/2025 às 15h00
Morre segunda vítima de homem que matou mulher na frente da filha de 5 anos
Zilma Damiani Mateus tinha 68 anos e morreu no hospital - Foto: Reprodução/Especial

Morreu na noite de quinta-feira, 22, Zilma Damiani Mateus, de 68 anos, esfaqueada pelo ex-genro no início da semana no centro do município de Três Coroas, no Vale do Paranhana, Rio Grande do Sul. Ela estava internada no Hospital de Pronto Socorro de Canoas desde segunda-feira, 19, dia em que a filha, Juliana Thais Mateus, de 40 anos, foi assassinada na mesma ação.

O suspeito, Ederson Jesus da Silveira, de 42 anos, foi preso preventivamente na terça-feira, 20. Ele foi encontrado com ferimentos no pescoço e nos braços no Hospital Centenário, em São Leopoldo, no Vale do Sinos. A Polícia Civil informou que ele será indiciado por duplo feminicídio. O inquérito, segundo o delegado Ivanir Caliari, deve ser concluído até a próxima semana.

Juliana havia registrado boletim de ocorrência no dia 16 de maio, após receber ameaças do ex-companheiro. No mesmo dia, conseguiu uma medida protetiva de urgência, deferida pela Justiça. O relacionamento entre os dois havia durado apenas oito meses e terminara quatro dias antes das ameaças.

Apesar da medida, o agressor foi até a residência de Juliana no dia 19, montado em uma motocicleta. Na casa estavam Juliana, Zilma e a filha de cinco anos de Juliana. Ederson invadiu o imóvel e desferiu golpes de faca contra a ex-companheira, que morreu no local. Zilma foi socorrida com vida, mas faleceu dias depois. A criança presenciou o crime e está sob os cuidados do Conselho Tutelar.

A polícia considera o crime como feminicídio qualificado, agravado por descumprimento de medida protetiva e execução na presença de menor. A atuação rápida da Justiça, com a concessão da proteção, não foi suficiente para impedir o ataque. “É um caso brutal, que evidencia falhas no sistema de proteção a mulheres ameaçadas”, afirmou o delegado Caliari. A prisão preventiva do acusado foi decretada com base em risco à ordem pública e gravidade do crime.

O caso de Juliana e Zilma ocorre em meio a uma escalada da violência contra mulheres no Rio Grande do Sul. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o número de feminicídios aumentou nos primeiros meses de 2025. Organizações civis e defensorias públicas têm reforçado o alerta para o cumprimento efetivo de medidas protetivas e o monitoramento dos agressores.

 

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