O Serviço de Vigilância Epidemiológica de Bento Gonçalves investiga aquele que pode ser o primeiro caso de morte por Gripe A no município. Uma mulher de 38 anos morreu na noite desta quarta-feira, 11, com sintomas da doença no Hospital Tacchini. Materiais foram coletados e enviados ao Laboratório de Saúde Pública, em Porto Alegre, para a confirmação das suspeitas. Por enquanto, não se pode afirmar nada a respeito do caso. A previsão é que o resultado seja divulgado em até duas semanas.

A vítima fatal é a comerciária Joelma Pereira Franco, de 38 anos. Segundo o coordenador do Serviço de Vigilância Epidemiológica, José Antônio Rodrigues da Rosa, entre os primeiros sintomas e o óbito de Joelma passaram-se apenas sete dias. Ela foi atendida duas vezes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), antes de ser internada no hospital. A comerciária não fazia parte do grupo prioritário que teria direito a receber a vacina gratuita.

No primeiro atendimento, ela queixou-se de dores no corpo e na garganta. Ela foi medicada e liberada para voltar para casa. Porém, dois dias após, retornou à UPA, porque as dores aumentaram e ela estava sentindo muita falta de ar. Devido à gravidade de seu quadro clínico, ela foi internada no Hospital Tacchini vindo a falecer, segundo o boletim médico por causa de uma bronco-pneumonia e uma grave infecção pulmonar.

Amostras de sangue de Joelma foram colhidas e enviadas ao Laboratório de Saúde Pública, que é quem vai determinar se a comerciária realmente contraiu a Gripe A ou não. José da Rosa tenta tranquilizar a população para evitar o pânico. "Ainda não sabemos qual o agente causador da síndrome gripal. Os sintomas são semelhantes aos provocados pelo vírus H1N1, porém, só os exames podem confirmar as causas do óbito", complementa o coordenador.

Mais um caso em análise

Além do caso envolvendo a comerciária Joelma Franco, José da Rosa confirma que a Vigilância Epidemiológica aguarda os resultados de um outro caso, onde o paciente não foi a óbito. O material colhido foi enviado há mais de 30 dias, porém ainda não foi divulgado o resultado pelo laboratório. Segundo Rosa, os exames prioritários são para os casos onde o paciente foi a óbito e o laboratório atende a demanda de todo o estado.