Professor do Amanhã recebe 35 propostas de instituições comunitárias de Ensino Superior

O edital do programa Professor do Amanhã, do governo do Estado, recebeu 35 propostas de 11 instituições comunitárias de Ensino Superior (Ices) do Rio Grande do Sul interessadas em participar da iniciativa. O prazo para submissão terminou na quarta-feira (17/1). Após avaliação da comissão de seleção, serão divulgadas, em 2 de fevereiro, as propostas selecionadas.

Nesta primeira edição do programa, serão oferecidas até mil bolsas de estudos para cursos de licenciatura presencial em instituições comunitárias. O objetivo é formar novos professores para suprir carências da rede pública de Educação Básica. Cada instituição pôde enviar mais de uma proposta. As áreas do conhecimento contempladas no edital são língua portuguesa, matemática, biologia, geografia e história.

Seis das oito regiões do Estado encaminharam propostas. São elas: Metropolitana e Litoral Norte; Central; Vales; Noroeste e Missões; Produção e Norte; e Serra Gaúcha. A divisão das regiões segue a lógica dos ecossistemas de inovação do programa Inova RS.

“O resultado reflete o interesse das nossas universidades comunitárias no programa, pois possuem um grande pertencimento às localidades onde estão inseridas. É um projeto inovador não só do ponto de vista da concessão de bolsas aos estudantes e à universidade, como também do tipo de formação, conectada com as demandas do século 21”, destaca o vice-governador Gabriel Souza, coordenador do Gabinete de Projetos Especiais, do qual o Professor do Amanhã faz parte.

Conforme o edital, em caso de inexistência de propostas que atendam a totalidade das regiões, as vagas remanescentes serão redistribuídas pelo conselho gestor, que terá competência para deliberar sobre a prioridade das áreas e a distribuição das vagas de acordo com os dados de demanda sistematizados pela Secretaria da Educação.

A secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, comemorou o número de propostas recebidas: “Estamos muito felizes com esse número, pois demonstra a importância do programa e o quanto ele estava sendo esperado pela comunidade gaúcha. O governo trabalhou com muito afinco no edital e, com certeza, ele já é um sucesso”.

Depois da divulgação das propostas elegíveis, as instituições devem promover o processo seletivo e informar ao governo do Estado os nomes dos bolsistas no começo do semestre letivo. O calendário de entrega varia conforme o início das aulas em cada universidade. O pagamento da primeira bolsa ocorrerá no começo de abril.

Cronograma

17/1
Prazo final para apresentação das propostas pelas instituições;

2/2
Divulgação dos resultados preliminares;

16/2
Resultado final após recursos;

17/2
Reunião com as instituições para auxiliar na captação de bolsistas.

Instituições que enviaram propostas

• Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS);
• Universidade de Caxias do Sul (UCS);
• Universidade Feevale;
• Universidade Franciscana (UFN);
• Universidade La Salle (Unilasalle);
• Universidade de Passo Fundo (UPF);
• Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
• Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí);
• Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc);
• Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)
• Universidade do Vale do Taquari (Univates)

Programa Professor do Amanhã

Inédita no Brasil, a iniciativa concederá bolsas mensais de permanência de R$ 800 aos alunos e de R$ 800 para a instituição comunitária de ensino superior, como forma de custeio da vaga. O valor total previsto é de R$ 76,8 milhões neste primeiro edital. Serão concedidas mil bolsas ao longo de quatro anos.

As instituições interessadas devem apresentar projetos com currículos inovadores, voltados à formação de docentes conforme a Base Nacional Comum de Formação Inicial e a Base Nacional Comum Curricular.

Elas também devem abordar as chamadas competências para o século 21, que são divididas em três grupos: cognitivo (processos mais relacionados à aprendizagem tradicional); intrapessoal (capacidade de lidar com emoções e moldar comportamentos para se atingir objetivos); e interpessoal (habilidade para expressar ideias, interpretar e responder a estímulos recebidos de outros indivíduos).

Outra exigência é o chamado letramento racial, com práticas pedagógicas voltadas à conscientização do estudante a respeito da estrutura e do funcionamento do racismo na sociedade.

Além de ter uma carga horária mínima de 3,2 mil horas, os cursos devem ser presenciais e ter nota mínima igual a três no conceito do Ministério da Educação. As propostas apresentadas pelas Ices devem prever aproximação com ambientes de inovação por meio de ações com startups da área de educação, desafios de inovação, realização de estágios e vivências com características de extensão universitária, entre outras.

_{Texto: Jéssica Moraes/Ascom Sict
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom}