Em sua primeira entrevista coletivacomo candidata a prefeita, Neilene Lunelli (PT) – ao lado de seu vice PauloWünsch (PCdoB) – destacou propostas que devem ser tratadas como prioridade casoa coligação “Bento mais humana”, que conta ainda com o PTdoB, saia vitoriosanas eleições. Segundo ela, as bandeiras defendidas pelo irmão Roberto Lunelli,que morreu em um acidente no último dia 20, serão mantidas, com foco especialmenteem saúde, educação e segurança.
Neilene relatou que muitos projetos já vinham sendo trabalhados peloex-prefeito de forma silenciosa, durante o tempo em que se manteve longe do governo.“Muitas pessoas estão nos procurando agora para falar que ele tinha encaminhadoesses projetos e nós vamos fazer com que se tornem realidade”, afirma. Assimcomo ele já havia garantido em entrevista, a continuidade das obras do hospitalpúblico será a demanda que vai receber a principal atenção.
A decisão de concorrer, conformeNeilene, embora rápida pela urgência do processo eleitoral, foi discutida com afamília e amigos, e teve apoio dos colegas de partido. “Foi uma decisãodifícil, porque ainda não entendemos direito o que aconteceu. A ficha ainda nãocaiu. Mas me sinto bem pela atitude que tomei, e posso dizer isso porqueacompanhei de perto a trajetória do meu irmão”, analisa.
Outros pontos ressaltados peladupla de candidatos incluem a implantação de novas creches, a colocação daGuarda Municipal nas ruas de Bento Gonçalves, o retorno do Centro Oftalmológicoe o asfaltamento das estradas do interior. “As pessoas perguntam se eu estoupreparada para ser prefeita e eu posso dizer que poucos conhecem os problemasde Bento como eu. Estou preparada, sim. Sei que o governo deve ser para todos,mas principalmente para aquelas pessoas mais necessitadas, que precisam de políticaspúblicas, de inclusão social”, diz Neilene.
Na chapa, de acordo com ela, opapel de Wünsch não será secundário. “O Paulo é muito qualificado e me completa.Vamos fazer um governo compartilhado e com a participação da população, que vaivoltar a apontar as prioridades pelo Orçamento Participativo”, acrescenta.
Na visão de Wünsch, a aproximaçãoideológica entre as siglas que formam a coligação também tende a permitir umtrabalho mais unificado. “Não é uma aliança de conveniência, como a experiênciaque estamos tendo hoje, na atual administração, em que houve um rompimentopúblico entre os partidos do prefeito e do vice, que viraram adversários. Nãohavia convergência política ou os interesses pessoais não conseguiram secompatibilizar. E aqui temos uma união, com uma mulher com muita experiência naCâmara e um profundo conhecimento de nossa realidade”, avalia o candidato avice.