Terça, 20 de Maio de 2025
14°C 17°C
Bento Gonçalves, RS
Publicidade

Setor industrial é responsável por 60% do faturamento do município

No Dia da Indústria, números mostram que a Capital do Vinho conta com 1.587 indústrias, que garantem um faturamento de R$ 5,1 bilhões ao município.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Exata Comunicação
25/05/2019 às 12h57 Atualizada em 10/08/2019 às 14h30
Setor industrial é responsável por 60% do faturamento do município
Jeferson Soldi/Divulgação

Ainda que o setor industrial brasileiro siga demonstrando oscilações de desempenho, alguns segmentos têm trazido alento neste Dia da Indústria, lembrado no dia 25 de maio. Em Bento, a indústria representa 60% do faturamento total do município, com R$ 5,1 bilhões, conforme a edição 2018 da revista Panorama Socioeconômico do CIC-BG, editada em parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS). Neste recorte, a indústria moveleira responde por 35,4% do faturamento, seguida pelos setores metalmecânico e material elétrico, com 18,6%, vinícola, com 17,2%, e indústria de alimentos, com 13,6%.


Dia da Indústria foi instituído em 1957, pelo então presidente da República, Juscelino Kubitschek, em homenagem ao industrial Roberto Simonsen, um dos fundadores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O polo moveleiro de Bento Gonçalves fechou o primeiro trimestre do ano registrando grande alta nas exportações, com crescimento de 17,7% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas para o mercado externo têm contribuído para a recuperação de desempenho do setor. Entre janeiro e abril, o polo registrou 13 milhões de dólares em exportações, tendo entre seus principais mercados países como Estados Unidos, Arábia Saudita, Bolívia, Índia e Emirados Árabes Unidos.


Quanto ao valor adicionado fiscal (VAF), obtido a partir da diferença entre as vendas e as compras de mercadorias e serviços de todas as empresas, a indústria contribuiu com R$ 2,3 bilhões do total de R$ 3,6 bilhões, ou seja, 63%. O VAF tem grande relevância para medir como o Estado fatia os 25% da arrecadação do ICMS que cada um dos 497 municípios gaúchos tem direito.


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou em abril, no Informe Conjuntural do primeiro trimestre, uma redução em sua expectativa de crescimento do PIB brasileiro. Dos 2,7% projetados em dezembro de 2018, caiu para 2% em abril deste ano. Da mesma forma ocorreu com o PIB da indústria, de 3% para 1,1%. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), o Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI/RS), que mede o nível de atividade do setor, registrou queda de 3,1% em março na comparação com fevereiro, já descontados os efeitos sazonais.


Nem por isso há um desânimo geral. Pelo contrário. É natural a recuperação ser gradual, já que a crise foi, talvez, a pior vivida pelo Brasil em décadas. E, neste cenário, também é normal a indústria mostrar um comportamento disperso, com alguns segmentos em crescimento e outros em recuo ou praticamente estagnados. “Estamos percebendo que há melhoras, mais confiança, mas é um processo longo”, diz o vice-presidente para Assuntos da Indústria do CIC-BG, Vitor Agostini.


Além de a economia precisar se reaquecer – e o consumo é importante para essa retomada –, as reformas que contribuirão para o crescimento do país precisam passar por trâmites naturais e burocráticos, o que tira a celeridade do processo, travando ainda mais a economia. “Claro que somos imediatistas, afinal passamos anos e anos em crise, mas precisamos ter consciência que talvez só em 2020 tenhamos um cenário econômico melhor”, aponta Adriano Ferronato, segundo vice para Assuntos da Indústria.


O presidente do CIC-BG, Elton Paulo Gialdi, acredita que o país precisa de estabilidade política para conseguir realizar as mudanças necessárias no Brasil. “Esta guerra de rede social de nada ajuda a retomada econômica. A política brasileira está realmente conseguindo dificultar a vida das empresas, tudo o que precisamos é estabilidade para voltar a investir e movimentar a economia. Esperamos que governo e Congresso consigam criar uma agenda para aprovar as reformas tão aguardadas, como a da Previdência e a tributária. Sem estas mudanças o Brasil nunca será um país justo e competitivo”, opina.


Divulgados no dia 2 de maio pela CNI, os Indicadores Industriais de março em relação aos números de fevereiro mostram que o faturamento da indústria nacional caiu 6,3%, as horas trabalhadas diminuíram 1,5% e a utilização da capacidade instalada recuou 0,9 ponto percentual. O mesmo estudo aponta três entraves para a recuperação, a falta de demanda, o excesso de estoques e a questão financeira das empresas. 

 

Panorama industrial em Bento

Setor industrial

Indústrias: 906

Indústria e Comércio: 369

Agroindústria: 26

MEI (ind.): 286

Total: 1.587

 

Segmento

Moveleiro: 556

Metalmecânico/elétrico: 295

Alimentos: 215

Plástico/borracha: 159

Vinícolas: 157

Outras: 205

 

Contingente humano

Moveleiro: 5.962

Plástico/borracha: 2.866

Metalmecânico/elétrico: 2.806

Alimentos: 1.937

Vinícola: 1.159

Outros: 3.140

Total: 17.870

 


* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Bento Gonçalves, RS
15°
Chuvas esparsas
Mín. 14° Máx. 17°
15° Sensação
0.75 km/h Vento
90% Umidade
100% (7.83mm) Chance chuva
07h05 Nascer do sol
07h05 Pôr do sol
Quarta
13°
Quinta
16°
Sexta
21°
Sábado
22° 11°
Domingo
24° 12°
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,65 -0,08%
Euro
R$ 6,34 -0,12%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 629,069,15 -0,23%
Ibovespa
139,636,40 pts 0.32%
Enquete
Nenhuma enquete cadastrada