Será lançado neste domingo, 7 de abril, em Bento Gonçalves, um novo partido político. O idealizador é um ex-dirigente do PSL no Rio Grande do Sul, porém, ao contrário do que se especulava, o presidente Jair Bolsonaro não estar´presente na solenidade, que acontece nas dependências do Dall'Onder Grande Hotel.
Logo que surgiu a notícia da criação do novo partido, cogitou-se a possibilidade de que a nova sigla – cujo nome será decidido durante o evento, seria adotada pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PSL). Embora a futura agremiação esteja de portas abertas ao chefe de Estado, o criador da legenda, capitão Ronaldo Nascimento, de 59 anos, diz que Bolsonaro não foi convidado. "Não existe nenhuma possibilidade de Bolsonaro vir ao lançamento do partido. Acredito que ele nem deve estar sabendo de nada, porque é um evento que eu estou organizando e não falei com ele nem com ninguém da família. Logicamente, depois que o partido estiver organizado, estará aberto ao presidente e a todas as pessoas que comungam do campo conservador-liberal. No domingo, daremos apenas o primeiro passo de uma longa caminhada", afirma Nascimento, que foi vice-presidente do PSL no Estado.
Especulação aponta que partido pode ser a nova UDN
Apesar de Bolsonaro não estar presente. Sua entrada neste novo partido não é considerado um absurdo. No mês passado, rumores sobre a ida da família Bolsonaro para outro partido começaram a circular em Brasília. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o destino seria a União Democrática Nacional, que está em fase final de criação e é uma reedição da antiga UDN, partido que fez sustentação aos militares durante a ditadura.
Com esse movimento, os Bolsonaros buscariam preservar seu capital eleitoral diante do desgaste do PSL por causa da suspeita de que a sigla desviou verba pública por meio de candidaturas “laranjas” nas eleições de 2018 . As acusações atingem o presidente da legenda, deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), e o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, reeleito deputado federal e que presidiu o PSL de Minas Gerais no ano passado.
A nova UDN já teria reunido 380 mil assinaturas para sua criação– são necessárias 497 mil para a homologação da legenda. O partido tem CNPJ e diretórios em nove estados, como exige a legislação eleitoral para a homologação.