O Presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta sexta-feira, 5 de abril, que não haverá Horário de Verão neste ano. O adiantamento nos relógios em grande parte do Brasil estava programado para voltar a acontecer em outubro.
O objetivo da ação é aproveitar melhor a luz do sol durante o verão e evitar o sobrecarregamento do sistema elétrico em horários de pico. Mas também é alvo de críticas. A decisão foi baseada após um estudo realizado pelo Ministério de Minas e Energia. O Horário de Verão foi adotado pela primeira no Brasil em 1931 e está em vigor, sem interrupção, há 35 anos. A decisão de acabar com o Horário de Verão foi anunciada durante um café realizado com jornalistas.
O padrão de consumo de energia elétrica dos brasileiros vem mudando ao longo dos anos. Antes, a adoção do horário de verão evitava uma sobrecarga no sistema no fim da tarde – as pessoas passavam mais tempo fora de casa e os setores produtivos (comércio e indústria) encerravam o expediente ou diminuíam o volume de produção. Com o tempo, o pico de consumo mudou de horário e é no meio da tarde em que os brasileiros “gastam” mais luz – o ar-condicionado é apontado como um dos fatores para esse boom de consumo.
Dados do Ministério de Minas e Energia e do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram que, embora haja um alívio aos cofres da União pela adoção do horário de verão, essa economia vem diminuindo. Em 2013, por exemplo, foram poupados R$ 405 milhões – o equivalente a 2.565 megawatts. A partir daí, a economia só diminuiu: no ano passado, esse número caiu para cerca de R$ 140 milhões.