A comunidade de Bento Gonçalves está enfrentando problemas com o serviço de atendimentos a casos especiais no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), isso por que o município está com dificuldades para a contratação de profissionais para a área. O Centro está desde o mês de dezembro de 2018 sem atendimentos para pacientes com necessidades especiais, gerando uma extensa fila para realização de procedimentos odontológicos de alta complexidade.
Em menos de um ano após ser cadastrado junto ao Ministério da Saúde, o CEO já encontra dificuldades para manter alguns de seus atendimentos. O Centro executa serviços de especialidades odontológicas como endodontia, periodontia, odontopediatria e cirurgia, porém atualmente não há profissionais para a realização dos atendimentos a portadores de necessidades especiais.
O secretário municipal de saúde, Diogo Segabinazzi Siqueira, afirmou que foi realizado um processo seletivo no ano passado, mas nenhum dentista permaneceu no CEO. “Qual que é o problema: nós tínhamos um processo seletivo feito no ano passado para chamar esse dentista para atendimentos a necessidades especiais, convocamos um, ele abandonou, convocamos um segundo, dois ou três até o final e não conseguimos ficar com nenhum deles”, explicou o secretário.
Dentre uma das soluções promovidas pela Secretaria Municipal de Saúde está o encaminhamento de um Projeto de Lei para a Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves visando a contratação emergencial de profissionais para atuar no CEO. No entanto, Siqueira afirma que a reposição dos dentistas para atendimentos de necessidades especiais vai ocorrer em um prazo de até dois meses, devendo ficar para o segundo semestre. “Encaminhamos um projeto de lei agora para a Câmara de Vereadores, que deverá ser apreciada em breve. É um processo emergencial que está andando e vamos abrir esse processo assim que estiver tudo encaminhado, para a contratação de um profissional de odontologia e um auxiliar de odontologia”, explica.
Segundo o secretário, há um expressivo número de pessoas aguardando atendimentos para necessidades especiais. Por conta disso, o CEO está priorizando os casos de urgência. “Os dentistas das ESFs devem atender a grande parte dos procedimentos, eles só não vão resolver aquilo que está fora do alcance deles. Nas áreas de especialidades, encaminhamos todos ao CEO. Nós precisamos ter esses profissionais para podermos receber recursos. Obviamente temos um número grande de necessidades especiais que precisam desse atendimento. Nesse período estamos tentando organizar com a própria pediatria para ver se conseguimos pelo menos os casos mais complexos, mais urgentes para tentar fazer esses atendimentos”, comenta Diogo.