
Os remédios podem ficar até 4,33% mais caros a partir desta segunda-feira, 1º de abril (apesar de esse ser o Dia da Mentira, a notícia é real para os nossos bolsos). O reajuste do preço máximo dos fármacos, previsto em lei, é feito anualmente pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão vinculado à Anvisa.
Para fazer a conta, o CMED leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e outros fatores, como produtividade da indústria, inflação, alterações no câmbio e gastos com energia elétrica. A metodologia do órgão federal garante que o preço máximo não seja superior ao menor valor encontrado em alguns países, como Estados Unidos, Austrália e Canadá. O aumento também não deve tornar o tratamento mais caro em relação às alternativas existentes para aquela determinada doença, exceto se houver superioridade comprovada em sua ação.
O reajuste não necessariamente será sentido de imediato pela população. É que, os valores se referem ao preço máximo dos remédios. Como se trata de um setor concorrido, a indústria pode não repassar os ajustes ao consumidor nesta primeira semana. Algumas farmácias já anunciam a venda sem reajuste até o dia 15 deste mês.
Qual o peso do reajuste no seu bolso
Vamos fazer um exemplo fictício. Com a elevação de 4,33%, uma caixinha de comprimidos que antes custava 100 reais vai sair por 104,33. Para economizar, você pode pesquisar o remédio em diversas farmácias confiáveis e procurar versões feitas por fabricantes diferentes. Como o CMED só estabelece um teto, é possível obter descontos. Fora que as farmácias possuem estoque anterior ao reajuste, então ainda será possível nas próximas semanas encontrar fármacos com os valores anteriores ao reajuste.