A CPI dos Médicos da Upa pode ter uma baixa entre os seus assinantes. O vereador Elvio de Lima (MDB) entrou com um pedido de retirada de sua assinatura do requerimento. Mesmo que a assinatura seja retirada, ainda há seis assinantes no pedido, número que permite a criação da comissão.

De acordo com o vereador Elvio de Lima, a decisão foi tomada após refletir sobre a questão com seus assessores e também com um departamento jurídico. Ele acredita que não há elementos concretos para a abertura de uma CPI, pois os fatos ocorreram em outubro do ano passado e  a prefeitura já tomou providências para solucionar a questão. "Pensei melhor e acredito que não há motivos para que tenhamos uma CPI neste momento", finalizou o vereador.

A reportagem do NB fez contato com os demais parlamentares que assinaram o pedido de CPI. Moisés Scussel Neto (PSDB), Marcos Barbosa (PRB), Gustavo Sperotto (DEM), Agostinho Petroli (MDB) e Moacir Camerini (PDT) revelaram que não pretendem retirar suas assinaturas da criação da comissão. Eles acreditam que, se há algum tipo de irregularidades, a CPI servirá para apurá-las.

Além disso, mesmo que tenha pedido a retirada de sua assinatura, Elvio de Lima não deve ter sucesso na solicitação. Como o requerimento de criação da CPI foi protocolado ainda na sexta-feira, 1º de março, a assinatura do parlamentar não poderia ser mais retirada. 

Como funciona o trâmite para a instalação da CPI dos Médicos

1) A Comissão tem um prazo de 120 dias para investigar o caso, prorrogável por mais 60 dias.

2) A composição é de 5 vereadores, sendo que o primeiro que assinou o requerimento, no caso o vereador Moacir Camerini (PDT) já é integrante de forma automática.

3) Recebido o Requerimento, o presidente Rafael Pasqualotto (PP) deve confirmar que o fato indicado para a formação da CPI caracteriza-se como determinado.

4) Caso isso aconteça, deve, no prazo de 5 dias úteis, instalar a CPI.

5) Instalada a CPI, na primeira reunião se definem Presidente, vice e relator.