Mais duas pessoas registraram ocorrência policial na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) alegando que foram lesadas no golpe do apartamento na planta. Somando os dois registros, foram mais R$ 25 mil que as vítimas perderam com o negócio. No total, até o momento, já são 16 vítimas e mais de R$ 250 mil de prejuízo.
Os novos registros foram feitos às 12h e às 18h desta quinta-feira, 31 de janeiro, na DPPA. De acordo com o registro policial da primeira vítima, a negociação foi feita direto com Guilherme Vanni Reffatti, proprietário da Imobiliária Reffatti Incorporações. O homem de 25 anos assinou um contrato de reserva de bem imóvel e pagou a quantia de R$ 18 mil de entrada, combinando que o restante seria pago em parcelas mensais de R$ 500. No mês de novembro tomou conhecimento de que tinha caído em um golpe, pois não havia obra nenhuma no local indicado e o mesmo apartamento que teria comprado, foi vendido também para outra pessoa.
A segunda vítima foi um homem de 27 anos. Ele assinou um contrato de reserva de um apartamento na planta e pagou entrada de R$ 7 mil e que o restante seria pago com seu fundo de garantia, assim que o imóvel estivesse apto para financiamento. Tratava-se do mesmo prédio, que nunca foi construído na rua Vitório Antônio Fedatto, no bairro Borgo. Ainda conforme o registro, a vítima perdeu contato com o acusado há aproximadamente seis meses e ficou sabendo através da imprensa que caiu em um golpe.
O delegado Arthur Reguse, que está respondendo pela 1ª Delegacia de Polícia, aguarda a presença de Guilherme Reffatti para prestar depoimento. Reguse quer entender o que foi feito com o dinheiro dos clientes e se Reffatti agiu sozinho neste caso de estelionato. Lembrando que antes mesmo do golpe vir à tona, Reffatti já tinha dado baixa de sua imobiliária na Receita Federal em maio de 2018. A reportagem do NB apurou ainda que em nenhum momento foi entregue documentação da obra na Caixa Federal com o objetivo de financiar os imóveis que seriam construídos.