A medida que prevê a utilização de 140 litros de combustível por mês para cada vereador realizar o exercício do mandato caiu como uma bomba na cidade e a população reagiu com veemência nas redes sociais, contrariando a resolução. De imediato, cinco vereadores já protocolaram ou manifestaram que não irão utilizar a cota sugerida pela Mesa Diretora da Câmara. A expectativa é que mais parlamentares tomem o mesmo caminho, para evitar desgaste com seu eleitorado.
A repercussão em Bento Gonçalves sobre a resolução foi extremamente negativa. O primeiro a apresentar sua renúncia a cota de combustível foi o vereador Gilmar Pessutto (PSDB), ainda na tarde desta terça-feira, 22, dia em que a resolução foi publicada no Diário Oficial do Município. Segundo o parlamentar, o momento não é propício para uma medida deste tipo. Mas ele acredita que o presidente resolveu deixar a utilização à disposição dos parlamentares, porém, usa quem quer. "Não estava sabendo que essa resolução tinha entrado em vigor. Encaminhei o ofício ontem à tarde abrindo mão de minha cota de combustível. Também poderia utilizar as diárias, mas tenho 10 anos de Casa e nunca usei R$ 1 do que estava disponível", revelou o vereador.
O ex-presidente do Legislativo, Moisés Scussel Neto (PSDB), foi outro parlamentar que renunciou à cota de combustível. Sem dar muitos detalhes, Scussel justificou apenas que não fará uso da cota por entender que consegue dese mpenhar seu papel de vereador sem a cota. Os vereadores Gustavo Sperotto (DEM) e Agostinho Petroli (MDB) também encaminharam protocolo para abrir mão de sua cota de combustível.
O vereador Moacir Camerini (PDT) também informou à reportagem que não vai utilizar a cota de 140 litros de gasolina destinada aos parlamentares. O parlamentar colocou um comunicado nas redes sociais informando a seus eleitores que a decisão não passou pelos vereadores, sendo feita de forma unilateral pela Mesa Diretora. Além de renunciar à cota, o vereador do PDT pediu que a resolução fosse revogada pelo presidente Rafael Pasqualotto (Progressistas).
Renúncia da cota provocará cortes no uso do veículo oficial
Ao saber da decisão dos vereadores de renunciarem à cota de 140 litros de gasolina, o presidente Rafael Pasqualotto afirmou que não irá liberar o uso do carro oficial para viagens à capital, por exemplo. Pasqualotto destaca que alguns parlamentares estão arpoveitando a resolução para fazer demagogia, pois fazem uso do veículo oficial do Legislativo para viagens e ir até a Assembleia Legislativa. "A liberação da cota de combustível é justamente para a utilização do vereador no exercício do mandato", esclareceu o presidente.