A gasolina baixou mais um pouco em Bento Gonçalves. Em média, a redução foi de R$ 0,10. Porém, em vez de comemorar, os motoristas estão reclamando, e muito, dos altos valores praticados na Capital do Vinho, que já tem um dos preços mais altos do Rio Grande do Sul entre as cidades do seu porte. A pergunta que todos querem saber é quais os motivos que levam a gasolina ser tão cara na cidade e demorar tanto a baixar?
Tudo isso porque, muitos municípios vêm baixando de forma mais rápida o preço da gasolina. Por exemplo, na cidade vizinha de Farroupilha se paga o litro a R$ 4,369. Um pouco mais distante, em São Vendelino, o litro do combustível já encontrado a R$ 4,03.
Em Bento Gonçalves, na maioria dos postos da cidade o valor cobrado pelo litro da gasolina ainda é de R$ 4,499, já com a redução de R$ 0,10. O valor mais baixo encontrado na Capital do Vinho foi de R$ 4,409. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio nos postos de gasolina no Rio Grande do Sul caiu 0,32%, estagnando no valor de R$ 4,330 na semana encerrada no dia 5 de janeiro. Na semana passada, os postos de combustível começaram a receber a gasolina com um preço menor. As distribuidoras repassaram uma redução de R$ 0,06 aos postos por conta da diminuição no valor de pauta para cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina comum.
A partir desta quarta-feira, 9, a Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina em suas refinarias ao menor valor em cerca de 14 meses. O preço do litro nas refinarias contará com uma diminuição de 1,38%, resultando no valor mais baixo desde o dia 24 de outubro de 2017. Porém, o preço da gasolina nos postos de abastecimento não vai cair na mesma velocidade dos cortes no valor para as refinairias.
Redução demora mais a chegar em Bento Gonçalves
O gerente de um posto de combustível da cidade, que pediu para não ser identificado, afirma que é de praxe os proprietários atrasarem o repasse da redução no preço da gasolina. Segundo ele, no seu posto, o caminhão chegou na semana passada já com o valor reduzido, porém, teria sido acordado entre a maioria dos estabelecimentos que a redução aconteceria uma semana após o recebimento do produto. Com isso, a margem de lucro aumentaria ainda mais neste espaço de tempo. "Algumas vezes, a redução só é repassada quando o segundo caminhão chega", destaca o gerente.
Outro detalhe seria a grande procura dos motoristas pelo combustível, o que faz com que não haja a preocupação em baixar os valores do produto. "Aqui no nosso posto mesmo os motoristas praticamente não reclamam do valor que está sendo cobrado", finaliza ele.