O médico Leandro Boldrini foi condenado a 31 anos e 8 meses de prisão pela morte de seu filho, Bernardo Boldrini, em 2014. A sentença no segundo julgamento do réu em Três Passos foi proferida pela juíza Sucilene Englear Gaudino, nesta quinta-feira (23). Leandro foi sentenciado pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica e foi absolvido pelo crime de ocultação de cadáver.
O pai já havia sido condenado a 33 anos e 8 meses de prisão, juntamente com os outros três acusados, em 2019. No entanto, uma decisão da 1º Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJRS) anulou o julgamento em 2021. Com o novo julgamento, a sua pena diminuiu em dois anos.
Relembre o caso:
No mesmo dia, o pai do menino foi preso por suspeita de ser o mentor intelectual do crime; a madrasta, Graciele Ugulini, por ser a executora do assassinato com a ajuda da amiga dela, Edelvania Wirganovicz. Dias depois, Evandro Wirganovicz foi detido, suspeito de preparar o local onde o menino foi enterrado.
Conforme o Ministério Público, o médico e a madrasta não queriam dividir com Bernardo a herança deixada pela mãe dele, Odilaine, que morreu em 2010, e consideravam o menino um estorvo para a família. No dia 4 de abril, o médico foi levado até Frederico Westphalen sob o pretexto de ir até uma benzedeira. O menino acabou morto por uma superdosagem de Midazolan, medicação de uso controlado. Todos foram julgados e considerados pelo assassinato de Bernardo.