Sábado, 17 de Maio de 2025
11°C 24°C
Bento Gonçalves, RS
Publicidade

Juiz Sergio Moro será o Ministro da Justiça de Bolsonaro

Magistrado se reuniu com o novo presidente da República e aceitou o convite para assumir o cargo. Ele vai deixar suas atribuições à frente da Operação Lava Jato.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
15/12/2018 às 21h02
Juiz Sergio Moro será o Ministro da Justiça de Bolsonaro
Marcelo Dargelio

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato em Curitiba, aceitou nesta quinta-feira, 1º de novembro, assumir o Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. O magistrado se reuniu por quase duas horas com o presidente eleito em um condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Com a decisão, Moro vai se afastar imediatamente dos processos relacionados ao escândalo de corrupção na Petrobras. A juíza substituta Gabriela Hardt, que na Lava-Jato determinou a prisão do ex-ministro José Dirceu, assume temporariamente os casos.

Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Apos reunião pessoal na qual foram discutidas politicas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava-Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes”, disse o juiz em nota.

Nos últimos dias, Moro ouviu ponderações sobre os prós e contras de assumir um cargo executivo. Além de ter de deixar a magistratura – o que deverá ser concluído nos próximos meses – o juiz terá de lidar com o discurso de petistas de que suas sentenças no petrolão – que até o momento foram responsáveis por 215 condenações contra 140 pessoas – tiveram viés político.

A narrativa do PT tende a ser potencializada com a proximidade da conclusão do processo em que o ex-presidente Lula é acusado de ter recebido um terreno e um apartamento como propina da empreiteira Odebrecht. Dentro de duas semanas, o ex-presidente deveria ficar cara a cara com o juiz durante depoimento em que Lula é acusado de ter sido beneficiado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht com reformas em um sítio em Atibaia. Com a decisão de Moro de se tornar ministro, o magistrado não vai mais tomar o depoimento do petista. Na noite desta quarta-feira, 31 de outubro, a defesa de Lula questionou mais uma vez a isenção do magistrado ao julgar o petista e pela primeira vez usou como argumento o fato de o juiz ter se aproximado do presidente eleito Jair Bolsonaro, o mesmo que havia afirmado, ao longo da campanha, que pretendia “fuzilar a petralhada”.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Bento Gonçalves, RS
15°
Tempo nublado
Mín. 11° Máx. 24°
15° Sensação
3.13 km/h Vento
81% Umidade
0% (0mm) Chance chuva
07h03 Nascer do sol
07h03 Pôr do sol
Domingo
26° 12°
Segunda
26° 13°
Terça
20° 14°
Quarta
14° 12°
Quinta
13° 10°
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,67 +0,00%
Euro
R$ 6,33 +0,00%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 622,641,87 +0,01%
Ibovespa
139,187,39 pts -0.11%
Enquete
Nenhuma enquete cadastrada