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Projeto de Farmácia Clínica em Nova Pádua ganha destaque nacional

Iniciativa realizada no município tem como objetivo principal auxiliar a comunidade na solução de situações que envolvem o consumo de medicamentos.

13/08/2022 às 10h47
Por: Marcelo Dargelio
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Médica Ariane Schiavenin é a menotra do projeto realizado no município de Nova Pádua - Foto: Arquivo Pessoal Ariane Schiavenin
Médica Ariane Schiavenin é a menotra do projeto realizado no município de Nova Pádua - Foto: Arquivo Pessoal Ariane Schiavenin

Vem de Nova Pádua uma iniciativa em saúde que se destacou no Rio Grande do Sul e no Brasil. O projeto Implantação do Consultório Farmacêutico para Acompanhamento de Pacientes Diabéticos é um dos 20 trabalhos reconhecidos na Mostra Teu SUS do RS – ao todo, 237 experiências foram  inscritas e envolveu 979 autores. O evento com cases no âmbito da saúde pública foi promovido pelo Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS-RS), no final de junho, e buscou valorizar e reconhecer a dedicação e o empenho dos(as) trabalhadores(as) do SUS no Estado.

A iniciativa do município da Serra gaúcha com repercussão regional e nacional foi desenvolvida pela servidora pública de Nova Pádua Ariane Schiavenin, docente da Área do Conhecimento em Ciências da Vida, egressa da graduação em Farmácia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UCS, PPG em que fez o mestrado e atualmente cursa o doutorado. O objetivo do projeto é atuar com Farmácia Clínica, auxiliando a comunidade na solução de situações que envolvem o consumo de medicamentos. 

De acordo com Ariane, a Farmácia Clínica se pauta pelo uso racional de medicamentos, num contexto em que o farmacêutico presta cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar, com foco na prevenção de doenças e promoção da saúde. O objetivo, durante os atendimentos do consultório, é avaliar as necessidades individuais de cada paciente e promover a realização de um serviço farmacêutico clínico, além de promover o uso correto de medicamentos.

No quadro de diabetes, foco da iniciativa, explica a farmacêutica, não raro, o paciente faz uso de mais de um fármaco. Quando apresenta uma comorbidade associada, como hipertensão arterial, a necessidade de outros medicamentos é ainda ampliada, o que corrobora para o uso de polifarmácia. Assim, o farmacêutico clínico faz uma revisão das prescrições médicas, analisando, de forma crítica e  estruturada, os medicamentos em uso pelo paciente com a finalidade de resolver problemas relacionados à prescrição, utilização, monitorização, resultados terapêuticos, entre outros.

“Muitas vezes, o paciente chega no consultório farmacêutico com diversas receitas médicas, provenientes de diferentes prescritores e detectamos duplicidades terapêuticas (remédios similares para tratar o mesmo problema), neste caso redigimos o encaminhamento ao médico e relatamos o problema relacionado à farmacoterapia detectado,” relata.  É dessa forma que a atuação do  farmacêutico clínico busca  promover a melhora da qualidade de vida  do paciente, através do acompanhamento no uso correto de seus medicamentos, promovendo adesão à terapia farmacológica e educando os pacientes,  visando, assim, promoção à saúde. 

O reconhecimento no âmbito do Rio Grande do Sul credenciou o projeto à mostra nacional “Brasil, Aqui Tem SUS”, que reuniu, em julho, as experiências exitosas das secretarias municipais de saúde de todas as regiões do país. Como menção de importância ao projeto, ele foi contemplado na elaboração de um documentário do Projeto “Webdoc Brasil, aqui tem SUS”. Isso quer dizer que, ao longo do ano, um documentário vai retratar a experiência desenvolvida em Nova Pádua. 

Docente atua com pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

Além de servidora no Sistema de Saúde de Nova Pádua, Ariane Schiavenin é docente do curso de Farmácia da UCS, mesma graduação que ela concluiu em 2017. Na instituição, ela realizou ainda o mestrado acadêmico em Ciências da Saúde e atualmente segue pelo doutorado. 

Em sua pesquisa mais recente, dedica-se também aos casos de diabetes, mas focada no desenvolvimento de um método para identificar a condição em gestantes. Mulheres grávidas podem apresentar altos níveis de açúcar no sangue durante a gestação, um quadro transitório de Diabetes Gestacional, normalmente reparado após a gravidez. Em certas situações, porém, o problema pode levar a complicações, evoluindo para diabetes do tipo 2, situação permanente. 

Com o projeto de Ariane, o objetivo é criar um exame capaz de detectar casos de diabetes a partir da urina das gestantes. A orientação da pesquisa é realizada pelo professor Dr. Sidnei de Moura e Silva e co-orientação da  professora Dra. Rosa Maria Rahmi Garcia.

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