Como já era esperado, mesmo sendo pegos de surpresa com a possibilidade de municipalização da Escola Estadual de Ensino Fundamental Bento Gonçalves da Silva, na área central de Bento Gonçalves, a comunidade escolar rejeitou com veemência a iniciativa. Com o auditório lotado na noite desta quinta-feira, 19 de maio, a assembleia geral foi definitiva para evitar que qualquer trâmite nesse sentido acontecesse.
A proposta gerou grande revolta e inconformidade de toda comunidade escolar, que foi se manifestando ao longo da semana nas redes sociais, inclusive com pinturas no muro da escola. O governo do estado esteve presente na Assembleia, representado pelo coordenador, Alexandre Misturini, que explanou como se dariam os trâmites, além de afirmar que o pedido partiu do município, através do vereador Ari Peliciolli (Cidadania).
Conselho Escolar, direção, professores e alunos manifestaram-se durante a assembleia expondo a indignação e a contrariedade na proposta de municipalização da escola, que atua na cidade há mais de 100 anos, sendo referência em educação. O diretor da Escola, Leonildo de Moura, manifestou o sentimento da comunidade, evidenciando que a escola é do estado e assim deve se manter, ofertando educação de qualidade com empatia e carinho por todos seus alunos, sejam da EJA ou do Ensino Fundamental. "A escola se manterá mobilizada contra a proposta de municipalização", afirmou o diretor.
O setor jurídico do CPERS Sindicato esteve acompanhando os trabalhos da assembleia, que foi coordenada pela vice-diretora, Neilene Lunelli, e deliberou de forma unânime a contrariedade à municipalização. Nenhum representante da Secretaria Municipal de Educação (SMED) de Bento Gonçalves participou da reunião.