A comunidade do distrito de São Pedro não aceitou passivamente o fechamento da Unidade Básica de Saúde, anunciada na semana passada e já colocada em prática pela prefeitura. Com a mudança, os moradores teriam que se deslocar até a UBS do Barracão para buscar atendimento, mas a grande preocupação é a de não encontrar fichas para as consultas, pois elas são reduzidas também naquele posto. Na noite desta quinta-feira, 9 de março, dezenas de pessoas se reuniram no salão da igreja para ouvir a explanação do Poder Público sobre os cortes na Saúde e aproveitaram a ocasião para manifestar sua contrariedade.
Como argumento para justificar a medida, o secretário de Saúde, Diogo Siqueira, afirmou que, em função da atual crise enfrentada pela prefeitura, a prioridade do governo neste momento seria o pleno funcionamento da UPA, do Samu e o pagamento dos serviços contratados via SUS junto ao Hospital Tacchini. “São cortes temporários, mas que precisam ser feitos”, diz Siqueira. Mesmo assim, a notícia não foi recebida de forma positiva pelos moradores, que apresentaram várias queixas durante o encontro.
O vereador Moacir Camerini (PDT), único parlamentar presente no encontro, questionou o secretário a respeito da mudança e alertou que isso poderia acarretar em prejuízos significativos para os usuários. “Temos várias perguntas que precisam ser respondidas. Uma delas é se atendimento no Barracão será melhorado para acolher esses novos pacientes”, indagou o parlamentar.
Como alternativa, após diversas manifestações de pessoas que participaram do encontro, Camerini também sugeriu a possibilidade de que se reativasse, ao menos, o atendimento médico em um turno por semana. Embora não seja a frequência ideal, muitos moradores defenderam a iniciativa como forma de manter a UBS funcionando na localidade e evitar transtornos maiores.
O secretário assumiu o compromisso de que o posto voltaria a ter médico, no mínimo, em um turno por semana, mas não deu prazo para que essa ação seja executada. Segundo ele, se não for possível realocar um profissional nos próximos dias, será preciso esperar a licitação para o novo modelo de contratações na saúde, que pode sair em abril. "Vamos ver no quadro o que podemos remanejar. Não tem data, mas é para breve", finalizou o secretário.