O governador Eduardo Leite participou, na tarde desta quinta-feira (29/4), do evento “Lockdown no Brasil: desafios e aprendizados do Rio Grande do Sul e do Maranhão”, organizado pela organização sem fins lucrativos Impulso Gov. O evento também contou com a participação do governador do Maranhão, Flávio Dino. Ambos responderam perguntas sobre o combate à pandemia nos respectivos Estados.
A maioria dos questionamentos da organização girou em torno dos métodos de enfrentamento à pandemia adotados pelos dois governadores. No Rio Grande do Sul, foi implementado, em maio de 2020, o modelo de Distanciamento Controlado, o qual envolve a análise de dados de 11 indicadores de propagação do vírus e de capacidade hospitalar.
“Uma das primeiras aflições era justamente ter os dados e as informações. Então, uma das primeiras coisas que fiz no Gabinete de Crise foi constituir um Comitê de Dados, com estatísticos e servidores da saúde, para poder formatar um sistema, que foi implementado em maio. Estabelecemos protocolos para cada atividade com base no risco de cada uma. O modelo foi muito importante durante todo esse ano e, de acordo com a realidade de cada momento, tivemos de fazer vários ajustes. Estamos em um processo de ajuste, e estamos preparando a substituição desse modelo, o que será apresentado no dia 10 de maio”, detalhou Leite.
O governador ainda esclareceu que, embora o Rio Grande do Sul tenha enfrentado períodos de restrições mais severas – como nas três primeiras semanas de março deste ano –, o Estado não adotou lockdown. “Existem diferentes compreensões sobre o que é lockdown. As três primeiras semanas de março de 2021 foram as mais restritivas e próximas ao que seria um lockdown. Mas não há como parar absolutamente tudo, as pessoas precisam comprar comida, medicamentos, itens de higiene, precisam de energia elétrica e do funcionamento dos meios de transporte”, explicou.
Leite lembrou que, para dar fôlego à população e aos setores econômicos mais afetados pela pandemia durante esse ano, o governo do Estado criou o auxílio emergencial de apoio à atividade econômica e de proteção social. O subsídio, no valor de R$ 107 milhões, será repassado a trabalhadores e empresas dos setores de alimentação, alojamento e eventos e a mulheres chefes de família.
Impulso Gov
A Impulso Gov surgiu em 2019 com o propósito de ajudar a corrigir um gargalo para a melhoria da saúde pública brasileira: inúmeros dados são gerados na prestação dos serviços públicos de saúde, mas poucos são transformados em informação útil para retroalimentar e aprimorar as políticas públicas.
Diante da pandemia de Covid-19, a Impulso Gov focou esforços em disponibilizar a municípios e Estados dados, guias e soluções que apoiassem a resposta à doença, sempre levando em consideração a diversidade de realidades locais.
A organização lançou o movimento #AbrilPelaVida, recomendando lockdown de três semanas em abril, acompanhado de auxílio emergencial, para conter a Covid-19.
Texto: Suzy Scarton
Edição: Secom