Em uma sessão que durou menos de uma hora, os vereadoresrejeitaram por maioria absoluta a alteração do horário das sessões da Câmara deVereadores para as 14h, às segundas e terças-feiras. A proposta foi apresentadapela Mesa Diretora do Legislativo, com a justificativa de redução de custos.Durante a sessão, estudantes da Escola Municipal Alfredo Aveline protestaramcontra o fechamento das turmas de ensino médio do turno da noite na escola.
A discussão da alteração foi acalorada entre parlamentares e opresidente da Câmara, vereador Gilmar Pessutto (PSDB). O vereador MoacirCamerini (PDT) foi o primeiro a reclamar da mudança, denunciando que algunsservidores recebem polpudos FGs, com salários maiores que os do parlamentares,e isso não é cortado. "A presidência paga aluguel de salas e saláriosabsurdos para servidores e não é feito corte nesses casos. O povo precisa serrespeitado e ter o direito de assistir às sessões após o seu horário de trabalho",destacou o parlamentar.
A vereadora Neilene Lunelli (PT) destacou que não poderia sermudado o horário para privilegiar uma minoria. "Todos aqui foram eleitospelo povo. Fazer as sessões à tarde não vai reduzir os salários dos servidores,onde tem alguns que ganham o suficiente para trabalhar a noite inteira, se forpreciso. Nós estamos retrocedendo", frisou Neilene.
O presidente Gilmar Pessutto se exaltou e reiterou que o trâmitedo projeto precisa ser respeitado. "A posição da Mesa Diretora precisa serrespeitada. Nossa sessão é transmitida ao vivo pelos canais do Youtube eFacebook e as pessoas tem a possibilidade de acompanhar em qualquer lugar nomundo", afirmou o presidente.
Apesar dos apelos do presidente, a maioria dos vereadoresrejeitou a mudança, mantendo o horário das sessões às segundas equartas-feiras, no horário das 18h. Antes desta votação, também foi rejeitada aemenda de Moacir Camerini para que as sessões ocorressem nas segundas equintas-feiras, às 18h.
Além disso, os parlamentares aprovaram o veto do prefeitoGuilherme Pasin ao projeto de lei do vereador Moacir Camerini, que estabeleciamedidas preventivas e orientadoras destinadas à inibir qualquer forma deviolência contra os professores nas escolas públicas do município. O veto doprefeito foi formalizado sob a alegação de vício de origem do projeto de lei.
Os vereadores voltam a se reunir nesta quinta-feira, 17, apartir das 18h, quando ocorre a segunda sessão ordinária da semana,