O incêndio que atingiu a unidade da PROAMB, na Linha Brasil, em Pinto Bandeira, já dura mais de 10 horas e está sendo combatido pelo Corpo de Bombeiros de Bento Gonçalves. O "mar de lixo" queimando na Central de Disposição de Resíduos Industriais fez com que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) direcionasse uma equipe para monitorar o controle do incêndio e os possíveis danos e riscos ambientais que poderiam ser ocasionados pelo sinistro.
De acordo com a nota divulgada pela PROAMB, a central recebe resíduos Classe I (resíduos perigosos) e Classe II (resíduos não perigosos), principalmente materiais provenientes de indústrias galvânicas, metalmecânicas, curtumes e fundição, além de papeleira e de borracha. De acordo com informações obtidas junto à assessoria da FEPAM, a equipe está monitorando os possíveis riscos de poluição, tanto no ar como no solo.
A FEPAM é responsável por controlar a emissão de poluição atmosférica. Segundo a Fundação, como há uma diversidade significativa de materiais no local é necessário acompanhar de perto a duração do incêndio. Além disso, há o cuidado com a água utilizada, a qual, ao entrar em contato com os resíduos, pode contaminar o solo. Segundo a FEPAM, a empresa já conta com uma estrutura de coleta de água e não haverá nenhum problema agravante de contaminação de recursos hídricos.
Assim que as chamas no local forem completamente contidas, a FEPAM vai verificar a impermeabilização da célula do aterro, uma vez que o local foi construído com uma estrutura de forma que nenhum fluente possa atingir outras camadas do solo, com o objetivo de evitar a contaminação.