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Apagão: Setor de Serviços tem prejuízo de R$ 100 milhões em São Paulo

Federação aponta que 5 mil estabelecimentos foram afetados pela falta de energia elétrica na capital e região.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Reprodução/Especial
13/12/2025 às 13h20 Atualizada em 13/12/2025 às 13h26
Apagão: Setor de Serviços tem prejuízo de R$ 100 milhões em São Paulo
Reprodução/Especial

O apagão que afetou São Paulo desde a terça-feira (9) resultou em prejuízos estimados em até R$ 100 milhões para bares, restaurantes e hotéis. A informação é da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), que reportou que cerca de 5 mil estabelecimentos sofreram com a falta de energia, incluindo locais na capital, na região do ABC Paulista, em Osasco, Itapecerica da Serra e em partes do interior do estado.

Os danos causados pelo apagão abrangem a perda de alimentos, equipamentos danificados e a consequente perda de clientes. O diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, criticou a empresa Enel, responsável pela distribuição de energia, afirmando que a companhia falha em atender a urgências, tornando o episódio recorrente. “Muitos, ainda no escuro, perderam produtos estocados e, para piorar, clientes - o que ocasiona, ainda, falta de faturamento, colocando em risco, inclusive, os empregos de quem trabalha no setor”, destacou a Fhoresp em nota.

A federação, que representa cerca de 500 mil estabelecimentos e mais de 20 sindicatos patronais, ressaltou que a demora no restabelecimento do fornecimento de energia afetou mais de 2 milhões de endereços, evidenciando um problema crônico na atuação da Enel. “Este já é o sétimo apagão em menos de dois anos. Os setores de Alimentação Fora do Lar e de Hospedagem ficam reféns”, afirmou Pinto.

Com a aproximação do mês de dezembro, um período tradicionalmente movimentado para o setor, a situação se torna ainda mais crítica. “Estamos próximos de um fim de semana que deveria ser de alta lucratividade para muitos estabelecimentos. Mas, para milhares deles, serão dias de portas fechadas”, lamentou o diretor da Fhoresp.

Diante dos prejuízos, a orientação da Fhoresp para as empresas afetadas é que reúnam o maior número possível de elementos e provas dos danos, visando ajuizar ações de ressarcimento pelos dias de não funcionamento e, consequentemente, de não faturamento. A situação reflete a fragilidade do setor de serviços em um contexto de recorrentes falhas no fornecimento de energia elétrica.

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