
O ouro e o dólar são considerados ativos fundamentais para investidores em busca de proteção patrimonial, especialmente em cenários econômicos adversos. Em novembro de 2025, o ouro apresentou uma valorização de 6,49% no mês e acumula mais de 60% de alta no ano, conforme dados de especialistas da área. Daniel Teles, da Valor Investimentos, destaca que o metal precioso é a reserva de valor mais eficiente, superando o desempenho do dólar.
Por outro lado, o dólar enfrenta um cenário de depreciação, com perdas acumuladas de 12,05% em 2025. Apesar disso, Matheus Massote, da ONE Investimentos, afirma que o dólar continua sendo uma "moeda forte" e que sua apreciação a longo prazo deve ser considerada. A escolha entre investir em um ou outro ativo é complexa e depende da estratégia de cada investidor.
Eduardo Amorim, da Manchester Investimentos, argumenta que o ouro é um ativo livre de risco, independente de economias ou sistemas financeiros. Para proteção de carteira, o ouro é visto como uma opção superior, enquanto o dólar pode ser mais sofisticado em termos de retorno. Ambos, no entanto, têm características distintas que não devem ser confundidas.
A forma de investimento em ouro também é uma questão relevante. Massote ressalta que a compra de barras de ouro é mais adequada para situações extremas e não para diversificação de portfólio. A recomendação é investir por meio de ETFs ou fundos, que oferecem maior liquidez e praticidade. No caso do dólar, a aquisição do ativo físico pode gerar custos elevados e falta de liquidez.
Quanto à alocação ideal em carteiras, especialistas sugerem que entre 10% e 20% dos investimentos sejam direcionados a ouro e dólar, dependendo do perfil do investidor. Teles recomenda iniciar com 10% como um bom ponto de partida, enfatizando que a estratégia deve ser adaptada às necessidades individuais.
A análise das condições atuais do mercado e das características de cada ativo é fundamental para uma tomada de decisão informada.