
Um grupo de cinco ciclistas, todos com mais de 55 anos, completou uma jornada de 2,6 mil quilômetros entre o Brasil e o Chile, pedalando do Atlântico em Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, até o Pacífico em Viña del Mar, em 42 dias. A viagem, realizada por Carlos Afonso Schuch (60), Hermes David Ramos (67), Jair Mário Cardoso (61), Oraci Vieira Júnior (57) e Roberto Borba Hartmann (54), envolveu desafios logísticos e climáticos.
Durante a expedição, o grupo enfrentou diversas adversidades, incluindo a falta de infraestrutura em algumas regiões. Schuch, arquiteto e um dos integrantes, destacou que a equipe teve que lidar com imprevistos, como acampamentos que não existiam ou estavam fechados, obrigando-os a buscar pousadas ou abrigos improvisados. Um dia em particular, no Uruguai, foi marcado por uma forte tempestade, quando o grupo encontrou abrigo em um celeiro após horas de incerteza.
A alimentação também foi uma preocupação constante. A maioria das refeições foi preparada com os suprimentos que carregavam, e as paradas em lanchonetes foram esporádicas. As variações de temperatura, que oscilaram entre 6ºC e 35ºC, exigiram planejamento e adaptação, especialmente nas regiões montanhosas dos Andes. O vento intenso foi considerado o maior desafio, com Schuch relatando que em algumas ocasiões foi empurrado para fora da estrada.
A chegada a Viña del Mar foi um momento de celebração. Após semanas de esforço, o grupo experimentou um misto de alívio e euforia ao avistar o mar do Pacífico. Schuch descreveu o momento como a linha de chegada de uma maratona, com abraços e comemorações entre os ciclistas. A experiência, embora desafiadora, deixou o grupo com um desejo de novas aventuras, com planos já sendo discutidos para futuros desafios.
A jornada de ciclistas acima de 50 anos destaca a possibilidade de realizar grandes conquistas, independentemente da idade. A experiência acumulada e a paixão pelo ciclismo foram fundamentais para o sucesso dessa travessia pelos Andes.