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PÊSSEGO: Perdas na safra podem chegar a 60% neste ano

A causa dessa redução foram as geadas que aconteceram nos meses de agosto e setembro, especialmente a que caiu na região na madrugada do dia 21 de setembro.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
19/10/2020 às 16h00 Atualizada em 24/10/2020 às 11h47
PÊSSEGO: Perdas na safra podem chegar a 60% neste ano
Tauê Hamm

Produtores de pêssego dos municípios de Pinto Bandeira, Farroupilha e Bento Gonçalves iniciaram a colheita deste ano usando a tecnologia para facilitar a gestão, trazer ganhos de produtividade e reduzir as perdas que podem chegar a 60%.  Mesmo sem uma previsão oficial de quebra – segundo o escritório regional da Emater/RS-Ascar, os números serão divulgados em novembro – produtores de Pinto Bandeira, município que responde por 30% da produção da fruta na região, relatam perdas que variam de 40% a 60%.  A causa dessa redução foram as geadas que aconteceram nos meses de agosto e setembro, especialmente a que caiu na região na madrugada do dia 21 de setembro.  

Em 2019, ano em que a incidência de granizo também causou prejuízos, foram colhidos 37,3 milhões de quilos da fruta. A Serra Gaúcha possui 3,6 mil hectares de pomares de pêssego, sendo que 1,1 mil ficam localizados em Pinto Bandeira. Mesmo com a perda no volume que deverá ser colhido nesta safra, os produtores têm usado, cada vez mais, a tecnologia como aliada na melhoria da gestão dos pomares, buscando otimização no uso de insumos e redução dos custos de produção nos próximos ciclos. Entre as inovações que já podem ser vistas nesta colheita está o aplicativo AgroD, desenvolvido pela empresa caxiense AgroD Tech. 

O fruticultor Nestor Rubbo, produtor da linha Silva Pinto Norte, em Pinto Bandeira, registrou uma perda que deverá ficar acima da média da região. Rubbo projeta colher de 25 a 30 toneladas, o que significa uma perda de 60% na comparação com o ano passado. Mesmo sendo o primeiro ano em que está usando o AgroD, Rubbo já observa benefícios do emprego da tecnologia no campo. “O caminho é cada vez mais informatizar, reduzir os custos e aumentar a produtividade. Nesta safra, em que sofremos com a geada, pudemos observar quais áreas foram mais afetadas e nos prepararmos para os próximos anos. A tendência é de continuarmos usando a tecnologia ao nosso favor, ainda mais por ser um aplicativo fácil de ser operado e que substitui o caderno de campo”, antecipa.

Já na linha Jansen, no mesmo município, o produtor Adriano Rigon relatou uma perda levemente inferior à de Rubbo, entre 40% e 50%, e deverá colher cerca de 180 toneladas da fruta, em 11 hectares. Para Rigon, o AdroD ajuda no controle maior do uso de agrotóxicos, além de atender as exigências de rastreabilidade da Instrução Normativa 2 (INC MAPA/ANVISA nº 02/2018).  “Vai ser muito importante para que o produto já saia da propriedade etiquetado, pronto para o mercado”, adianta Rigon, que deve começar a colher na segunda quinzena de novembro. 

O diretor técnico da Associação dos Produtores de Fruta de Pinto Bandeira (Asprofruta), Heleno Facchin, avalia que o uso do aplicativo pelos produtores ajuda a fazer uma gestão responsável, com redução de perda de insumos e, consequentemente, maior qualidade da fruta.   “O produtor é cobrado todos os dias para que entregue um pêssego com boa sanidade, sem resíduos, e com um padrão de qualidade que é exigido pelo próprio mercado”, opina. 

O engenheiro agrônomo e sócio da AgroD Tech, Tauê Bozzetto Hamm, explica que o aplicativo auxilia o produtor na tomada de decisões na gestão da propriedade, além de atender à legislação que exige rastreabilidade dos produtos. “Com essa maior facilidade para os registros dos manejos e produção dos pomares de pêssego, o produtor vai conseguindo, ao longo dos meses e dos anos, ter um bom histórico de informações, seja na questão técnica do que foi aplicado, da adubação, e dos demais custos. No momento em que o produtor começa a ter esses dados de produtividade e custos, separados por variedade e por parcela específica do pomar, ele consegue avaliar quais pomares estão mais rentáveis, mais produtivos. Ele pode, por exemplo, definir até mesmo a troca de algumas cultivares, deixando de produzir as que mais sofrem com a geada ou com o granizo”, ilustra.                   

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