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Raiva herbívora mata 25 animais e acende alerta no interior do Estado

Doença viral, transmitida por morcegos vampiros, reaparece em propriedade na Região Noroeste do Estado.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
18/10/2025 às 17h08 Atualizada em 18/10/2025 às 17h40
Raiva herbívora mata 25 animais e acende alerta no interior do Estado

Um surto de raiva herbívora — uma doença viral fatal e sem cura — causou a morte de 24 bovinos e um equino em uma propriedade rural de Rincão dos Antunes, no município de Eugênio de Castro, região Noroeste do Rio Grande do Sul. A Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) confirmou o diagnóstico na última segunda-feira (13), após análises laboratoriais em Porto Alegre, acendendo um alerta para a saúde animal na região.

As primeiras mortes foram registradas em julho, e, segundo a fiscal estadual agropecuária Carina de Moura Fernandes, não há novos casos ou indícios de disseminação do vírus até o momento. Mesmo assim, a Seapi adotou medidas preventivas, vistoriando todas as propriedades com criação de animais domésticos em um raio de 10 quilômetros do foco inicial.

A raiva herbívora, uma zoonose transmissível a humanos, é propagada principalmente por morcegos-vampiros hematófagos. Na propriedade afetada, foi identificado um refúgio desses morcegos, o que reforça o risco de transmissão entre os animais.

O período de incubação da doença varia entre 45 e 60 dias após a mordida, com os sintomas surgindo poucos dias antes da morte, que ocorre normalmente entre cinco e sete dias após os primeiros sinais. Entre os principais sintomas, estão salivação excessiva, dificuldade para se alimentar, beber água, levantar e movimentos descoordenados.

Embora a vacinação contra a raiva não seja obrigatória, a fiscal Carina Fernandes reforça que ela é essencial para a prevenção:

“A raiva não tem cura, e o controle da doença depende da redução da população de morcegos hematófagos e da vacinação em massa dos rebanhos”, destaca.

A Seapi orienta os produtores rurais a ficarem atentos a qualquer comportamento anormal em seus animais e a comunicar imediatamente às inspetorias veterinárias locais qualquer suspeita.

O caso em Eugênio de Castro reforça a importância da vigilância sanitária, da vacinação preventiva e da rápida comunicação entre produtores e autoridades como ferramentas fundamentais para conter a propagação da raiva herbívora e proteger a pecuária gaúcha de uma das doenças mais letais do campo.

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