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Salão de Iniciação Científica da Agricultura elege seis trabalhos como destaques

Seis trabalhos foram destaque no 14º Salão de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica e 9º Workshop de Pós-graduação, organizados pelo governo ...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom RS
26/09/2025 às 16h24
Salão de Iniciação Científica da Agricultura elege seis trabalhos como destaques
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Seis trabalhos foram destaque no 14º Salão de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica e 9º Workshop de Pós-graduação, organizados pelo governo do Estado, por meio do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi) nos dias 24/9 e 25/9. Foram eleitos dois destaques, um de graduação e outro de pós-graduação, na área Animal; um de graduação em Desenvolvimento Rural; dois de graduação e um de pós-graduação na área Vegetal.

Área animal

A estudante de Informática Biomédica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Nicole Xerxenevsky Bergue, sob orientação da pesquisadora Lissandra Souto Cavalli, do DDPA/Seapi, abordou o tema Inteligência Artificial para hipótese diagnóstica de enfermidades em camarões marinhos usando Aprendizado de Máquina . O estudo apresentado utilizou técnicas de aprendizado de máquina para desenvolver um aplicativo de hipótese diagnóstica voltado para enfermidades de camarões marinhos em aquicultura. O modelo foi treinado com 365 imagens divididas em quatro classes diferentes, três referentes a doenças comuns aos camarões e uma última classe de camarões não saudáveis, com outras doenças relevantes. “Os resultados demonstraram precisão de 92% para diagnóstico de Mionecrose Infecciosa Viral e de 93% para Síndrome da Mancha Branca, indicando bom desempenho ao distinguir sinais clínicos sugestivos de doenças, ainda que com limitações em casos com padrões visuais muito semelhantes”, concluiu a bolsista.

Em nível de pós-graduação, conquistou destaque o trabalho de pesquisa de Juliana Vieira, do Programa de Pós-graduação em Saúde Animal do IPVDF. Tendo como orientador o pesquisador Flávio Silveira, do DDPA/Seapi, Juliana abordou o tema Epidemiologia da esporotricose felina no município de Guaíba (2024–2025) . O estudo teve como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de esporotricose em felinos domiciliados de Guaíba, entre janeiro de 2024 e agosto de 2025, considerando o impacto da enchente de maio de 2024. Por meio de entrevistas com tutores e médicos veterinários, além de coleta de amostras, Juliana detectou que os casos de esporotricose felina aumentaram em 2.125% após as enchentes. “Esses achados sugerem que a enchente atuou como catalisador epidemiológico, intensificando a transmissão e revelando casos subnotificados, o que reforça a necessidade de estratégias integradas de vigilância e controle em consonância com o paradigma da Saúde Única”, pontuou.

Desenvolvimento Rural

O destaque nesta área foi para o trabalho Tendências temáticas e perfil da produção científica publicada na Revista Pesquisa Agropecuária Gaúcha (1995–2024) , de Érin Coswig, estudante de Biblioteconomia na Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Sob orientação da pesquisadora Miriam Büttow, do DDPA/Seapi, Érin analisou o histórico para identificar tendências da produção científica da revista do DDPA, Pesquisa Agropecuária Gaúcha (PAG), no período de 1995 a 2024, considerando indicadores cientométricos e a evolução das palavras-chave. Foram avaliados: quantidade e tipo de publicações, origem institucional e geográfica dos autores, gênero do primeiro autor, frequência de palavras-chave, além de métricas de impacto, como downloads, visualizações e citações. “Conclui-se que a PAG tem apresentado diversificação temática, maior inclusão de autorias externas e femininas, e crescimento no impacto de seus artigos, acompanhando as transformações da pesquisa agropecuária no Brasil”, ressaltou.

Área Vegetal

Na área Vegetal, receberam destaques dois trabalhos de iniciação científica em nível de graduação e um trabalho em pós-graduação. O bolsista Nícolas Sangalli Farenzena, estudante de Agronomia do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), avaliou clones e manejo da poda para variedades de uvas viníferas em Veranópolis , sob orientação do pesquisador Rafael Anzanello (DDPA/Seapi). Foram avaliados tipos de podas em clones de Riesling Itálico, Chardonnay, Merlot e Cabernet Franc. “A resposta ao tipo de poda foi variável, sendo a poda em Guyot Duplo mais produtiva para o clone de Chadornnay. O Cordão Esporonado foi mais eficaz para os clones de Riesling Itálico e de Cabernet Franc, e houve eficiência semelhante entre os tipos de poda para o clone de Merlot”, finalizou.

Já o bolsista Otavio Savian, acadêmico de Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), avaliou o potencial de plantas de picão-preto e trigo-mourisco em promover o aumento de artrópodes benéficos na cultura da couve, sem afetar a produtividade . Sob orientação da pesquisadora Rosana Matos de Morais, do DDPA/Seapi, Otavio contabilizou semanalmente, de janeiro a maio de 2025, o percentual de folhas de couve danificadas por lagartas, em duas plantas por canteiro. Foram coletados 1.202 artrópodes no picão-preto e 806 no trigo-mourisco, com registro de predadores, tais como aranhas, joaninhas, percevejos, vespas e moscas. “A inserção das plantas avaliadas na couve foi positiva, pois além de não comprometer a produtividade do cultivo, incrementou a comunidade de organismos benéficos”, concluiu o estudante.

Na área de pós-graduação, o destaque foi concedido a Bruno Ferreira Kramer, mestre em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sob orientação do professor Edson Bertolini (UFRGS) e da pesquisadora Andréia Rotta de Oliveira (DDPA/Seapi), Bruno avaliou a eficácia de espécies de Bacillus e Trichoderma no controle da antracnose em frutos de oliveira . Frutos da cultivar Arbequina foram coletados na Estação Experimental Agronômica da UFRGS e submetidos a tratamentos preventivos com os antagonistas e posteriormente inoculados com os causadores da antracnose, C. acutatum e C. gloeosporioides. As avaliações de severidade das lesões foram realizadas aos 3, 6 e 9 dias após a inoculação. “Os resultados mostram o potencial de Bacillus spp. e T. virens como agentes de biocontrole no manejo da antracnose em oliveira, reforçando sua viabilidade como alternativa ao uso de fungicidas químicos”, concluiu.

Texto: Ascom Seapi
Edição: Secom

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