A Reforma Tributária deve mudar profundamente a lógica da gestão fiscal no Brasil — e exige das empresas mais do que adequação: demanda estratégia. Para os especialistas da Grant Thornton Brasil, o momento é decisivo para quem busca preservar competitividade, evitar perdas financeiras e garantir conformidade diante do novo ambiente regulatório.
A consultoria alerta que a simplificação do sistema de impostos, promessa central da reforma, é um futuro ainda muito distante e isso dependerá do preparo das empresas. "Com a reforma, não basta cumprir a lei. É preciso antecipar cenários e ajustar processos para não comprometer o fluxo de caixa", afirma Denis Satolo, líder de Business Process Solutions (BPS) da Grant Thornton Brasil.
Entre os pontos de atenção, Satolo destaca o split payment, mecanismo que retém o recolhimento de tributos no momento do pagamento. “Essa inversão muda a lógica do caixa e pode gerar impactos significativos em empresas com margens apertadas ou ciclos longos de recebimento”, explica.
Outro fator que deve redesenhar a gestão fiscal das empresas é a ampliação do princípio da não cumulatividade. De acordo com Claudia Rossi, sócia de BPS da Grant Thornton Brasil, esse novo cenário pode tornar a terceirização mais vantajosa. “Despesas com equipes internas deixam de gerar créditos tributários, enquanto fornecedores terceirizados podem transferir esses créditos. Isso transforma a terceirização de áreas como contabilidade e gestão fiscal em uma alternativa mais econômica — e, em muitos casos, em uma questão de sobrevivência financeira”, pontua.
Como se preparar para a nova realidade fiscal?
Para apoiar a adaptação, os especialistas da Grant Thornton listam boas práticas que podem evitar prejuízos e garantir agilidade na transição:
Antecipar-se ao novo modelo, simulando cenários a partir das mudanças do sistema tributário e revisando impactos no fluxo de caixa.
Investir em plataformas integradas, capazes de oferecer rastreabilidade, automação e controle em tempo real quando parametrizadas estrategicamente.
Reforçar a governança fiscal, auditando processos, revisando obrigações acessórias e eliminando vulnerabilidades que possam gerar autuações ou perda de créditos.
Considerar a terceirização de BPS, utilizando especialistas externos para aumentar a eficiência tributária e otimizar recursos diante da nova lógica de créditos fiscais.
Transformar dados em inteligência de negócio, explorando sistemas de compliance para criar dashboards de gestão e apoiar decisões estratégicas.
Compliance como ativo estratégico
Para apoiar as empresas nesse novo contexto, a Grant Thornton desenvolveu um pacote de soluções que integra sua expertise global em compliance e BPS com ferramentas de gestão de alta performance, como o SAP Business One — solução da SAP voltada à automação de processos contábeis e fiscais, com rastreabilidade e inteligência em tempo real. As ferramentas são disponibilizadas por meio de parceiros oficiais da SAP no Brasil, como a Ramo, especializada na implementação de SAP Business One, SAP S/4Hana Cloud Public Edition e SAP Analytics Cloud (SAC).
A proposta é transformar o compliance fiscal em ativo estratégico, com soluções que incluem auditoria digital de obrigações acessórias, monitoramento eletrônico de notas fiscais, integração com certificados digitais e armazenamento seguro de documentos. “Quando compliance e gestão caminham juntos, a empresa deixa de somente reagir à legislação. Ela passa a usar os dados para crescer de forma estruturada e sustentável”, conclui Satolo.