Morreu nesta sexta-feira, 8 de agosto, o sambista Arlindo Cruz, de 66 anos, no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela esposa, Babi Cruz, e divulgada nas redes sociais oficiais da família.
Arlindo Cruz enfrentava desde 2017 as sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Em maio deste ano, foi internado com pneumonia e lutava contra uma infecção bacteriana resistente, que agravou seu estado de saúde.
Em nota, a família destacou o legado deixado pelo cantor e compositor: “Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria... Sua voz, suas composições e seu sorriso permanecerão vivos na memória e no coração de milhões de admiradores”.
Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em 14 de setembro de 1958 no Rio de Janeiro. Aos sete anos, ganhou seu primeiro cavaquinho e, ainda jovem, passou a integrar as rodas do Cacique de Ramos. Tornou-se conhecido como compositor e, nos anos 1980, entrou para o grupo Fundo de Quintal, onde permaneceu até 1993, antes de seguir carreira solo.
Foi autor de sucessos como Bagaço de Laranja, Dor de Amor e A Sete Chaves, interpretadas por nomes como Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e Reinaldo. Recebeu prêmios como o Prêmio da Música Brasileira e foi indicado diversas vezes ao Grammy Latino.
Arlindo Cruz marcou o carnaval carioca com sambas-enredo premiados, especialmente no Império Serrano. Com mais de 700 composições, cantou a fé, o amor e o cotidiano das ruas, influenciando gerações de músicos.
Sua morte representa uma perda irreparável para a cultura popular. O sambista seguirá presente nas rodas de samba e na memória de fãs em todo o Brasil.