O caminhoneiro Lozival do Rosário Nascimento, de 48 anos, morreu na manhã desta quarta-feira, 11, após ser atingido por uma pedra de concreto enquanto dirigia na BR-386, em Lajeado, no Vale do Taquari. O caso é investigado pela polícia, que trabalha com a hipótese de crime intencional. O fato ocorreu por volta das 4h30min.
Ele conduzia um caminhão Volvo, emplacado em Casca (RS), que fazia o transporte de frangos para o abate. O veículo seguia no sentido capital–interior quando foi atingido por uma pedra de grande porte, supostamente lançada de um viaduto ou ponto elevado da rodovia. Mesmo ferido, o motorista conseguiu levar o caminhão até o acostamento. Ele foi socorrido pela equipe da CCR ViaSul, concessionária responsável pela BR-386, e levado ao Hospital Bruno Born, em Lajeado, mas não resistiu aos ferimentos.
A concessionária informou que a rodovia possui monitoramento 24 horas, com câmeras de vigilância distribuídas ao longo da pista. As imagens poderão ser disponibilizadas às autoridades para auxiliar na investigação, mediante solicitação oficial. A polícia analisa gravações e avalia relatos de outros motoristas. A principal linha de apuração é de que a pedra tenha sido arremessada com a intenção de atingir veículos em movimento, o que levanta preocupações sobre a segurança viária na região.
Natural da Bahia, Lozival morava há alguns anos em Passo Fundo, no bairro Santa Rita. Ele deixa esposa e três filhos. A morte gerou comoção entre colegas da estrada e moradores de Passo Fundo. Entidades ligadas ao transporte de cargas manifestaram pesar e cobraram ações mais efetivas contra esse tipo de violência nas estradas. O caso reforça os riscos enfrentados diariamente por profissionais do volante e reacende o debate sobre criminalidade nas rodovias federais, especialmente durante a madrugada.
A BR-386 é uma das principais rotas de escoamento da produção agrícola e industrial no Rio Grande do Sul. A rodovia, que liga o interior ao centro do Estado, já foi palco de ocorrências semelhantes, segundo registros anteriores da Polícia Rodoviária Federal.
As autoridades pedem que qualquer informação que possa ajudar na identificação dos responsáveis seja repassada de forma anônima aos canais da polícia. A investigação segue em andamento.