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Sindiserp denuncia desmonte do serviço público em Bento Gonçalves

Entidade emitiu uma carta aberta à comunidade sobre as mudanças que serão votadas na Câmara de Vereadores.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
07/03/2025 às 14h06 Atualizada em 09/03/2025 às 10h49
Sindiserp denuncia desmonte do serviço público em Bento Gonçalves

O Sindiserp (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves) emitiu uma carta aberta à comunidade alertando sobre um possível desmonte do serviço público municipal. O documento denuncia a falta de profissionais em diversos setores, a crescente terceirização dos serviços e mudanças no regime jurídico dos servidores, propostas pela administração municipal e em análise na Câmara de Vereadores.

Falta de profissionais afeta atendimento à população

Segundo o sindicato, a defasagem no quadro de servidores compromete serviços essenciais, como educação, saúde e infraestrutura. A carta destaca a preocupação de pais que não sabem se encontrarão vaga e profissionais capacitados para atender seus filhos na rede pública de ensino. Além disso, aponta a insegurança da população ao buscar atendimento médico e enfrentar longas esperas por exames e cirurgias. A precariedade das vias públicas e a falta de manutenção urbana também são citadas, agravando as dificuldades enfrentadas diariamente pelos moradores.

Confira a carta aberta do Sindiserp

 

Terceirização e impactos financeiros

O documento questiona o discurso de que os servidores concursados são um "peso" para os cofres públicos. O Sindiserp informa que apenas 30% da folha de pagamento municipal corresponde a servidores concursados, enquanto 70% são destinados a terceirizados, cargos em comissão e contratos temporários.

A terceirização, segundo a entidade, onera ainda mais os cofres públicos, pois inclui custos adicionais como fundo de garantia, encargos sociais e lucro para empresas contratadas.

Alterações no regime jurídico e precarização dos serviços

O sindicato alerta que as mudanças propostas pela administração municipal podem desestimular a entrada de novos profissionais e afetar diretamente os atuais servidores, comprometendo a qualidade e a continuidade das políticas públicas. "A rotatividade dos funcionários não concursados prejudica a execução de políticas públicas, que deveriam ser permanentes e eficientes, mas estão se tornando cada vez mais precárias", afirma o documento.

Diálogo ignorado e questionamento à população

A carta denuncia que, apesar de manifestações, abaixo-assinados e pedidos formais, a administração municipal ainda não realizou uma audiência pública para debater o tema. Diante disso, o Sindiserp faz um apelo à população e questiona:

"A quem interessa o desmonte do serviço público municipal?"

O sindicato segue mobilizado para evitar as mudanças e cobra transparência e participação da sociedade na discussão sobre o futuro do funcionalismo público em Bento Gonçalves.

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Antenor Stringhini Há 6 meses BENTO GONCALVESO que está por trás dessa atitude proposta por cargos eletivos? O concursado, pode se negar a cumprir qualquer irregularidade proposta pelo "eleito pelo povo " no máximo pode haver remanejamento ou o tradicional "pegar no pé " onde na grande maioria das vezes, resulta em laudo médico, normalmente psiquiátrico. Agora se for terceirizado ou contratado, é só sinalizar uma demissão, e está resolvida a ordem, cumpra-se as irregularidades e os desmandos.
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