
Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, foi cadastrado e aprovado no programa de auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal em razão da pandemia de coronavírus. O caso veio à tona nesta terça-feira, 2 de junho, após o empresário ter seus dados vazados por supostos hackers.
Hang nega ter solicitado o auxílio, que prevê pagamento de R$ 600 por três meses para os beneficiários. O empresário, notório apoiador do presidente Jair Bolsonaro, afirma ter pedido à Polícia Federal (PF ) uma investigação sobre a fraude e o vazamento de seus dados pessoais. O caso foi revelado pelo site O Antagonista.
O dono da Havan afirma que recebeu nesta terça-feira, 2, informações de que hackers estão solicitando pedido de auxílio emergencial usando o seu CPF e diz que já reportou o crime de fraude à PF. "Como todo brasileiro de bem me sinto lesado com esses atos criminosos, que têm por objetivo apenas prejudicar as vítimas e suas famílias. Os autores devem ser exemplarmente condenados e punidos", diz Hang em nota.
No site da Caixa, o status do suposto pedido de Hang aparecia às 18h45min desta terça, 2, como "em avaliação", mas havia também informação de que o auxílio havia sido "aprovado e enviado para crédito". A Controladoria-Geral da União (CGU) disse no dia 26 de maio que divulgaria em até 15 dias a lista com os cerca de 53 milhões de cadastrados que receberão o auxílio emergencial por causa da pandemia de coronavírus. Hang aparece como o sétimo homem mais rico do país na última lista de bilionários elaborada pela revista Forbes. O empresário teria patrimônio de US$ 3,6 bilhões (R$ 18,72 bilhões no câmbio atual), de acordo com a publicação.