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"Teremos os 30 dias mais críticos da doença. Não é hora de ir para rua"

Alerta é feito pela médica infectologista Nicole Golin pela falta de testes para comprovar quem está infectado com o coronavírus. Modelo de Santa Catarina seria alternativa

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: NB Notícias
28/03/2020 às 13h52 Atualizada em 08/04/2020 às 12h05
NB Notícias

A falta de testes para os casos de coronavírus e o descaso de algumas pessoas que seguem nas ruas são alguns dos fatores que indicam que a abertura de empresas na próxima semana não é o mais recomendável. A análise dos especialistas é que a semana entre os dias 30 de março e 6 de abril deve ser a mais crítica para o surgimento de casos graves envolvendo o coronavírus.

O alerta é feito pela médica infectologista Nicole Golin, especialista do Hospital Tacchini. Segundo a profissional, o retorno na próxima semana, sem a testagem ampla de pessoas com sintomas gripais, é um risco muito grande. Sem os testes, não há como medir a expansão da doença e nem a montagem de um controle. A médica destaca que os próximos dias serão de alta nos casos de coronavírus, por isso seria importante as pessoas ficarem em casa por mais esta semana, pelo menos, para evitar um aumento significativo de pacientes infectados na cidade. "Para fazermos a liberação das pessoas de uma forma correta, teríamos que fazer um grande número de testes nos pacientes com sintomas gripais e também nas pessoas mais próximas a eles, a fim de termos o controle da onda de disseminação que o vírus está causando. Não estamos aqui tratando de polarização econômica ou política, trabalhamos de forma técnica e nossa previsão é de um aumento considerável nos próximos 30 dias, que serão muito difíceis", afirmou a médica.

Modelo de Santa Catarina pode ser um balizador

Nicole Golin fala também sobre a retomada das atividades nas empresas em Santa Catarina, que vai acontecer a partir da segunda-feira, 30. Segundo a médica infectologista, eles tiveram acesso ao plano de retomada implantado pelo governo catarinense. Nicole afirma que a data escolhida para abertura não é boa, mas a forma como os catarinenses vão escalar a abertura das empresas está sendo de forma bem estruturada e serviria de modelo para as entidades que querem abrir seus negócios aqui em Bento Gonçalves.

De acordo com a infecotologista, não adianta voltar por voltar. É preciso um comprometimento muito grande das empresas no que diz respeito a higienização e controles de casos assintomáticos (onde os pacientes apresentam sintomas leves de gripe), que, segundo pesquisa científica, são responsáveis por dois terços das infecções em todo o mundo. O estudo mostra que, apesar dos pacientes que desenvolvem a doença serem duas vezes mais contagiosos, os assintomáticos chegam a ser seis vezes mais numerosos, mesmo com menor propensão de infectar outros, mas tornando-se o motor dessa pandemia. "É preciso ter a certeza que estas empresas vão ter condições de cumprir com o controle e monitoramento de isolamento social. É justo querer a volta, mas assinar um documento se comprometendo com os cuidados é uma coisa, mas as empresas precisam fazer a sua parte, caso venham a abrir no dia 1º de abril, que eu lembro, não é a melhor data para isso", enfatiza a médica infectologista.

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