O isolamento social dos gaúchos deve continuar pelo menos até o dia 5 de abril. Esta é a informação passada pelo governador Eduardo Leite, que garantiu que as medidas de restrição à circulação de pessoas no Rio Grande do Sul não serão revistas até o final da próxima semana. A divulgação foi feita na transmissão ao vivo feita pelo chefe do Executivo estadual na tarde desta quinta-feira, 26.
Para Eduardo Leite, um relaxamento nas regras, que incluem a redução de atividades econômicas, só irá ocorrer após análise do avanço do coronavírus no Estado e da capacidade de atendimento da rede. "A quarentena deve ir, pelo menos, até o final da próxima semana (5/4), e durante a próxima semana vamos avaliar os dados, as informações da evolução do quadro de contágio no Estado, para compreendermos melhor a curva que estamos tomando e também para compreender os instrumentos que teremos para enfrentar os quadros que vão se agravar", resumiu o governador.
O governador destacou que é preciso entender a evolução na quantia de infectados e a previsão de aumento no número de lugares a quem ainda vai precisar de leitos clínicos ou de terapia intensiva. Segundo ele, o Rio Grande do Sul receberá equipamentos, como respiradores, por meio do Ministério da Saúde, além de equipamentos para a proteção de profissionais que atendem os doentes. A pasta não deu prazos, embora a expectativa é que a entrega possa ocorrer na próxima semana.
A manifestação de Eduardo Leite ocorreu após questionamento sobre um manifesto divulgado nesta quinta-feira, 26, por entidades empresariais, com a sugestão de prazos para a retomada da atividade econômica no Estado. O texto pede que o retorno ocorra, gradativamente, a partir de 1º de abril, com metade do quadro de pessoal. Já o restabelecimento pleno ficaria para 6 de abril.
Leite respondeu que há a preocupação com a economia, mas que o cuidado maior é com a "vida das pessoas". Também pontuou que nenhuma ação será tomada sem "evidências científicas" que deem segurança. "É prematuro falar em prazos. Isso seria um achismo, um chute, falar qualquer dado sobre volta de 50% ou 100% em tal data sem antes termos informações técnicas", afirmou Leite.
Durante a manifestação, o governador anunciou três medidas para o setor empresarial: suspensão do encaminhamento de dívidas a protesto e negativação de pessoas jurídicas junto ao Serasa, cancelamento de intimações para comprovar garantias e a inclusão de empresas no regime especial de fiscalização estadual.