Agentes da Polícia Civil e da Polícia Federal fecham o cerco ao crime organizado no Rio Grande do Sul. O objetivo é evitar a interferência de facções criminosas no pleito eleitoral. Para isso, foi deflagrada a Operação Intermedium na manhã desta quinta-feira, 26 de setembro. O trabalho conjunto contou também com o apoio da Brigada Militar e da Polícia Penal.
Na manhã desta quinta-feira, 26, foram cumpridos pelos policiais 17 mandados de busca e apreensão domiciliares, dois mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Bagé, tendo o seu cumprimento ocorrido nas cidades de Bagé/RS, Santa Maria/RS e na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC).
As investigações tiveram início a partir de uma ocorrência atendida pela Brigada Militar no dia 13 de setembro, noticiando a invasão de indivíduos armados à residência de um candidato ao cargo de vereador ocorrida naquela madrugada. Na ocasião, a vítima e seus familiares sofreram agressões e ameaças dos invasores, cujo teor indicava a possível motivação eleitoral por trás desta conduta.
Na sequência, no dia 15 de setembro, durante a realização de um comício no município de Bagé, na Fronteira Oeste, um indivíduo encapuzado realizou disparos de arma de fogo e, em seguida, empreendeu em fuga. Durante as investigações, identificou-se que uma facção criminosa, dedicada ao tráfico de drogas e a outros delitos, estaria apoiando a campanha de determinada candidata, através do angariamento de votos, da cessão de imóveis para colocação de artigos de campanha, de atividades de segurança, entre outras formas de colaboração. Ainda, há fortes indícios de que esta associação criminosa esteja envolvida nos episódios violentos dos dias 13 e 15 de setembro.
Dois dias antes do cumprimento das ordens judiciais desta quinta-feira, 26, um dos investigados, identificado como o autor dos disparos no comício e era alvo de prisão preventiva, foi encontrado morto na cidade de Itaara, região central do Estado do Rio Grande do Sul, tendo sido alvejado com vários disparos de arma de fogo. A investigação indica que o homicídio foi motivado por provável queima de arquivo.
Salienta-se ainda que todas as ações criminosas teriam como objetivo amedrontar alguns candidatos, bem como seus eleitores, interferindo diretamente no pleito eleitoral.
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