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Cães idosos: alguns cuidados com a alimentação são importantes

É muito difícil precisar quando um cão passa a ser considerado idoso mas, oferecer uma dieta de qualidade é importante para aumentar a expectativa de vida.

28/01/2020 às 18h05 Atualizada em 24/10/2020 às 11h47
Por: Marcelo Dargelio Fonte: nutricaoesaudeanimal
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Cada fase da vida de um cachorro requer nutrientes específicos, que se adequam às exigências fisiológicas de cada etapa. Filhotes, por exemplo, precisam de muita energia para crescer e se desenvolver. Os cães em idades mais avançadas, por sua vez, têm necessidades diferentes e, por isso, necessitam de uma nutrição adequada para aumentar a longevidade e a qualidade de vida.

Mas, afinal, o que muda na alimentação de um cão idoso? Como alimentá-lo da melhor maneira? Quais são as especificidades da rotina alimentar de um animal mais velho?

Quando um cão pode ser considerado idoso?

É muito difícil precisar quando um cão passa a ser considerado idoso. A senilidade, outra denominação dada à idade avançada dos cachorros, é definida por uma série de fatores que variam muito de acordo com a raça ou com as características fisiológicas de cada animal.

Na maioria das vezes, essa etapa é definida quando um cão atinge o terço final da sua expectativa de vida. Por exemplo, podemos citar o caso de um animal cuja raça é de médio porte e que, normalmente, atinge os 15 anos de idade. Nesse caso, ele seria considerado um cão idoso a partir dos 10.

O principal fator que determina a chegada da velhice em um cão é o seu porte. Animais de porte grande ou gigante, como é o caso das raças são bernardo ou mastim napolitano, atingem a senilidade com cerca de 5 anos de idade e têm, normalmente, uma expectativa de vida relativamente menor.

Já cães de pequeno ou médio porte, como é o caso dos poodles, pinchers e beagles, respectivamente, podem demorar muito mais para serem considerados senis, por apresentarem uma expectativa de vida maior. Essa definição dependerá do estado de saúde do animal, da nutrição que ele recebeu durante a vida, da sua condição fisiológica e de fatores ambientais.

O que muda na alimentação de cães idosos?

Assim como nós, os cães sofrem alterações fisiológicas com a chegada da velhice, pontuadas principalmente por alterações no metabolismo. Não é incomum, por exemplo, encontrarmos cachorros mais velhos que perdem o interesse por brincadeiras e passam a dormir mais.

Por conta dessas alterações, cães idosos apresentam uma maior tendência a se tornarem obesos e a sofrerem com outros problemas, normalmente cardiovasculares, renais, ósseos e articulares. Até mesmo os dentes ficam vulneráveis a doenças específicas, como o acúmulo do tártaro.

Por isso, à medida que a idade do cão avança, recomenda-se que sejam feitas alterações nutricionais para equilibrar essas particularidades e possibilitar uma maior qualidade de vida.

Uma das principais alterações da nutrição na senilidade em relação às outras é, sem dúvidas, a adição de mais proteínas de alta qualidade e digestibilidade. Cães idosos tendem a perder massa muscular e este nutriente auxilia na manutenção dos músculos.

Outro exemplo de alteração diz respeito à redução de calorias e gorduras na alimentação. Como eles possuem uma maior tendência à obesidade, é necessário promover uma diminuição da densidade energética do alimento oferecido, a fim de manter o animal com um peso saudável e evitar o sobrepeso.

A ingestão de fibras também deve ser incentivada, para manter a motilidade do sistema gastrointestinal e evitar problemas nestes órgãos. Por fim, é recomendada a suplementação extra de substâncias antioxidantes, como é o caso do selênio, do ácido ascórbico e do tocoferol, que auxiliam, por exemplo, na manutenção das funções cognitivas e cerebrais.

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Por que contar com um profissional é importante?

O médico veterinário é o profissional responsável pela manutenção da saúde de seu animal de estimação. Por isso, ele está encarregado não só do tratamento e do diagnóstico das doenças que comumente acometem os cães, mas também da prevenção.

Visitas regulares ao consultório veterinário e a realização de check-ups periódicos são essenciais para prevenir eventuais doenças ou diagnosticá-las no estágio inicial, garantindo melhores chances de cura ou de estabilização. Com o avanço da idade, tais cuidados se tornam ainda mais importantes, já que cães idosos estão propensos a desenvolver:

- doença renal crônica;

- artrite e artrose;

- diabetes;

- doenças hepáticas;

- doenças cardiovasculares;

- problemas nos dentes (tártaro);

- obesidade.

O veterinário determinará o momento correto para a inclusão de alimentação especial na vida do cão. Entre as opções nutricionais, podemos citar as rações para animais senis ou até mesmo as terapêuticas, que são usadas como tratamento coadjuvante em doenças específicas.

Como deve ser a alimentação de cães idosos?

Com o passar do tempo, cães idosos tendem a perder o apetite e, consequentemente, reduzem a ingestão de alimentos. Por isso, o cuidado com a rotina alimentar deve ser levado a sério para prevenir problemas causados pela ingestão insuficiente de nutrientes.

Uma boa forma de conseguir isso é manter uma rotina, com horários e porções bem definidas. Normalmente, a dieta é dividida em duas ou 3 refeições diárias, em horários espaçados. Essa prática estimula uma maior ingestão de alimentos.

Além disso, é importante se atentar às porções oferecidas em cada refeição. Elas não devem ser exageradas e nem insuficientes, mas respeitar as necessidades calóricas e nutricionais de cada animal. Tanto a quantidade quanto a regularidade são definidas em conjunto com o médico veterinário.

Por fim, é preciso ter cuidado com mudanças muito bruscas na alimentação. Qualquer troca de alimento deve ser feita de maneira gradual, seguindo as recomendações do médico veterinário ou do próprio fabricante do alimento, normalmente contidas no verso da embalagem do produto. Isso evita problemas gastrointestinais ou até mesmo a recusa completa do alimento.

Como escolher a nutrição correta?

A nutrição correta para o seu animal de estimação deve ser definida em conjunto com o médico veterinário ou nutricionista responsável pelos cuidados de seu cão. Apenas eles poderão, com o auxílio de exames físicos e laboratoriais, definir quais são as necessidades nutricionais para cada situação.

A escolha do alimento, por sua vez, deve ser feita com base na procedência da empresa responsável pela sua fabricação. Priorize sempre fabricantes responsáveis e conhecidos, que garantem a qualidade dos ingredientes utilizados e da segurança durante todo o processo de produção.

Como podemos ver, a alimentação de cães idosos requer cuidados específicos e nutrientes bem dosados. Por isso, oferecer uma dieta de qualidade e investir na nutrição são práticas indispensáveis para aumentar a expectativa de vida e garantir o conforto desses animais.

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